O caso chocou o país à época pelo grau de violência: a vítima teve o coração arrancado e entregue à família. Agora em liberdade, Lumar seguirá tratamento ambulatorial, mas a medida gerou insegurança e desespero entre os familiares da mulher assassinada.
Lumar Costa da Silva, de 34 anos, deixou o Hospital Psiquiátrico Estadual Adauto Botelho, em Cuiabá, na tarde desta segunda-feira (23), após decisão da Justiça de Mato Grosso que autorizou sua desinternação. Ele havia sido internado após matar de forma brutal a tia, Maria Zélia da Silva Cosmo, 55 anos, em julho de 2019, em Sorriso — crime que chocou o país pela violência e crueldade. A vítima teve o coração arrancado e entregue à família em um saco plástico.
A soltura foi acompanhada pelo pai de Lumar, que o buscou por volta das 15h30. A notícia provocou grande comoção e medo entre os familiares da vítima. Em entrevista à rádio Capital FM, Patrícia Cosmo, filha de Maria Zélia, relatou o desespero ao saber que o primo está novamente em liberdade. “Estou com muito medo. Não sei o que fazer. Não consigo dormir e meus filhos também estão assustados. É como reviver o pior momento das nossas vidas”, disse emocionada.
A medida judicial prevê que Lumar continue o tratamento na modalidade ambulatorial, sob responsabilidade do pai, em Campinápolis (SP), onde passará a viver. Mesmo com o acompanhamento médico, o clima entre os familiares da vítima é de insegurança. A filha da vítima descreve o momento como um novo capítulo de terror, reforçando o impacto emocional duradouro causado pelo crime.