Minhocão do Pari: a origem da lenda valoriza a força produtiva da mulher, no filme do cineasta sorrisense Salles Fernandes

A força produtiva das mulheres é o pilar que sustenta o curta-metragem “O Minhocão da Pari: a origem da lenda”. A participação feminina tanto na equipe de produção quanto no elenco de atuação do filme, mostra nosso apoio à luta pela igualdade de gênero.

Integrada e atenta aos movimentos da sociedade, a produtora Artimagem, responsável pelo filme, igualou os cachês pagos aos atores e atrizes que participaram do filme, sem que houvesse valorização ou desvalorização de qualquer profissional independente de gênero, etnia, orientação sexual ou qualquer outro fator relacionado ao indivíduo. “Todos devem ter as mesmas oportunidades de acordo com sua competência”, destacou.

Rosivânia Reichert, diretora executiva do curta. Ela também é empresária, mãe, esposa e dona de casa.

Em meio a tantas atribuições, Rosi, como é chamada pelos amigos, se dedica com afinco às questões burocráticas e organizacionais da produtora. Como toda mulher, Rosi tem o poder de fazer várias coisas ao mesmo tempo, o que a deixa em grande vantagem profissional no mercado de trabalho. Ela é proprietária da produtora Artimagem e, ao lado do esposo, o cineasta Salles Fernandes, é quem organiza e delibera sobre as finanças da empresa. Entre uma função e outra, ela acompanha as gravações do curta e opina sobre as cenas e atuações. “As mulheres sempre fizeram parte da história do cinema, mas até hoje são pouco conhecidas do público e nem sempre aparecem em listas de grandes filmes, nos festivais e nas premiações pelo mundo” disse Rosi.

Na última edição do oscar, o debate ganhou repercussão quando a academia deixou de fora diretoras mulheres da lista de indicados para melhor filme. A luta pela igualdade de gênero, assim como a de raça, fez parte dos discursos que pediram equiparação de salários e reconhecimento. “É preciso reescrever essa história do cinema, o que felizmente já se está acontecendo” comemorou.

A personagem principal do elenco é Maria Pari, mãe do Minhocão do Pari, interpretada pela atriz Etiane Haamann. O papel foi inspirado na lenda da Maria Taquara, uma mulher que morou em Cuiabá na década de 40. Ela vivia de lavar roupas para algumas famílias e ficou famosa, porque era muito corajosa e desafiava os padrões sociais da época. “Nossa Maria Pari é empoderada!”, disse Rosivânia que completa: “a mulher precisa fazer parte de algo maior, trabalhar e sentir-se produtiva, competente, participativa e realizada emocional, profissional e pessoalmente”.

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