Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional reconhece situação de emergência devido à estiagem em Sorriso

O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional anunciou oficialmente o reconhecimento do decreto de situação de emergência, publicado pela prefeitura de Sorriso no final de dezembro, em resposta aos impactos severos da estiagem na região. A medida visa atender as demandas dos produtores rurais que enfrentaram perdas significativas nas lavouras devido às condições climáticas adversas.

O documento, assinado pelo secretário Nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolf Barreiros, permite que os agricultores mais afetados pela estiagem tenham a possibilidade de negociar com seus credores, aliviando a pressão financeira imposta pelas perdas produtivas. O secretário de Agricultura, Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Sorriso, Nerci Adriano Denardi, destacou que os produtores rurais terão agora uma oportunidade para reorganizar suas finanças diante das dificuldades enfrentadas.

Denardi explicou que a estiagem de três meses, combinada com atrasos na semeadura e ondas de calor durante a floração da soja, foram os principais fatores que contribuíram para uma queda de 20% na produção de grãos na região. O reconhecimento da situação de emergência foi embasado na análise das chuvas abaixo da média nos meses de outubro, novembro e dezembro, somadas às altas temperaturas.

A decisão de emitir o decreto foi tomada em conjunto pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, a prefeitura, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) e o Comitê de Monitoramento Climático. O sargento bombeiro Alberto dos Santos, coordenador de Proteção e Defesa Civil, ressaltou que a estiagem resultou em expressivas consequências econômicas e sociais, especialmente na redução das produções de soja, milho, algodão e feijão, gerando perdas significativas nas propriedades rurais.

Dos Santos também alertou para a atipicidade da falta de chuvas nos últimos três meses do ano, o que frustrou a safra agrícola e impediu que os agricultores cumprissem seus compromissos financeiros relacionados aos cultivos e contratos futuros. A situação de alerta e endividamento no comércio de insumos locais está afetando a economia e a indústria, com reflexos sociais para a população local.

 

Veja também

Cultivo da soja para a safra 2024/2025 já está liberado em Mato Grosso

Agricultura Familiar orienta produtores sobre onda de calor em Sorriso

Indea confirma caso de raiva bovina em Porto Estrela

Produtor com floresta plantada para fim comercial precisa se cadastrar no Indea

MT terá a primeira indústria de refino de óleo vegetal de algodão em Nova Mutum

Condição das safras de milho e soja nos EUA piora, revela USDA