Ministério Público reúne autoridades e entidades para orientar sobre manifestos em Sorriso

Na tarde desta terça-feira (22), o Ministério Público de Sorriso convocou uma reunião buscando esclarecimentos sobre os manifestos que vem acontecendo na cidade. A promotoria foi instada a agir mediante informações de que empresários sorrisenses estariam sendo coagidos a fechar os estabelecimentos comerciais, mediante ameaças de retaliações caso não fechassem.

Diante das informações foram chamados para uma reunião o prefeito Ari Lafin, o comandante da PM, Jorge Almeida, o delegado titular da PJC, Eugenio Rudy, um represente da PRF, bem como os presidentes da ACES e CDL de Sorriso.

Autoridades convidadas e representantes de entidades representativas afirmaram que ninguém é obrigado a aderir ao movimento e que não haverá retaliações.

O promotor de Justiça destacou aos presentes que haverá punição para qualquer ato ilegal. “O Ministério Público apoia a liberdade de manifestação, mas temos preocupação com atos isolados, que às vezes ocorrem, que não representam a maioria das pessoas que exercem seu livre direito de manifestação e que acabam importando no fechamento de rodovias, ou então no fechamento de comércio ou à vezes buscando convencer pessoas que não quiserem aderir à paralisação de suas atividades comerciais a fazê-lo. Então é importante que, assim como o direito de manifestação seja valorizado, também o direito de quem queira seguir exercendo suas atividades comerciais seja preservado. Temos preocupação com a manutenção de empregos, da renda das famílias. E temos a preocupação de que a ordem pública seja mantida, para que as coisas caminhem em nosso país sem tumultos. A liberdade de manifestação e expressão precisa ser exercida dentro dos limites legais”, disse o promotor Dr. Márcio Florestan.

O presidente da ACES, Cesar Schevinski ressaltou elogiou os esclarecimentos e orientações oferecidas pela equipe do Ministério Público. “É importante. Nós também sempre defendemos a manifestação ordeira, dentro da legislação, sem fechamento das BRs. Movimento pacífico. Isso sempre defendemos. E a gente quer que nosso comércio seja forte, cada vez mais. E, quem quer se manifestar é livre e quem queira tocar o seu comércio é livre. Precisamos entender que a nossa cidade começou com pessoas do Sul e hoje nós temos pessoas de todos os estados do país e que nós temos que respeitar., A Associação Comercial é apolítica, e só quer defender e fomentar o comércio”, pontuou.

Jeferson Silveira, presidente da CDL de Sorriso reforçou que o empresário tem direito de decidir se fecha ou abre seu estabelecimento comercial. “A CDL é uma associação representativa, mas o direito de abrir ou fechar o comércio é dado a cada cidadão dono de seu negócio e protegido pela Lei de Liberdade Econômico. Vivemos em um país democrático de direito, onde toda e qualquer manifestação é de livre arbítrio de cada um e a liberdade de abrir ou fechar seu comércio é de cada empresário”.

Sobre o áudio que está circulando nas redes sociais com ameaças a quem mantivesse seu estabelecimento aberto ele afirmou. “É totalmente repugnante ouvir um áudio desses em um país como o nosso, onde sempre prezamos pela liberdade, ter áudios coercitivos é bárbaro. Repudiamos isso”.

O Prefeito Ari Lafin destacou a assertiva do Ministério Público ao buscar informações sobre o que está acontecendo. “Deixamos bem claro que somos favoráveis a manifestações ordeiras e contrários a fechamento de rodovias ou badernas. A decisão de fechamento do comércio tem sido decisão de cada empresário. Não há arbitrariedade. Fica livre a quem queira abrir ou fechar o seu comércio”, afirmou.

(Com informações de Heverton Luiz)

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