Um pai suspeito de torturar o próprio filho de sete anos em Juína, Mato Grosso, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (20) pela Polícia Civil do município. A prisão ocorreu após a denúncia do Conselho Tutelar, que relatou os maus-tratos sofridos pela criança nas mãos dos pais.
A criança foi submetida a um exame de corpo de delito que comprovou as torturas, com lesões no punho decorrentes de amarras e sinais de queimadura. Em diálogo com uma assistente social, o menor relatou o tratamento recebido, que incluía amarras por horas consecutivas, agressões com um cabo de vassoura e queimaduras com uma colher quente.
Os relatos da criança foram confirmados pela equipe da escola onde ela estuda e pelo laudo pericial. O delegado responsável pelo caso, Jean Araújo, destacou a gravidade da situação. “Ficou claro pelo relato do menor e o laudo pericial de que a conduta dos suspeitos não se trata de mero maus-tratos, mas sim de algo muito mais grave, tamanho o sofrimento tanto físico como psicológico suportado pela criança”, afirmou.
O pai foi preso pelo crime de tortura e a mãe também está sendo investigada, uma vez que, além de agredir a criança, não tomou medidas para garantir a proteção do filho. A Polícia Civil segue apurando o caso.