Um grupo de participantes do concurso entrou com ação conjunta contestando o cancelamento do concurso público de Sorriso. Eles alegam que o cancelamento do concurso foi precoce.
Três pessoas que integram o grupo que impetrou o mandado de segurança são de São Paulo e vieram fazer o concurso. Há também participantes do Nordeste e também de Rondônia. “´Creio eu que o juiz vai entender esse cancelamento como precoce e vamos ter um grande problema”, disse o advogado Gustavo Henrique Vieira.
Ele afirma que “faltou escopo probatório capaz de anular ato tão grandioso que é um concurso público como o de Sorriso com mais de 8 mil pessoas participando. Seria necessário fazer um pouco mais de diligências para saber se houve de fato fraude”.
Em Sorriso, o Procurador do município, Dr. Daniel Melo, disse que ficou surpreso com a informação de que houve ingresso de ação pedindo que seja mantido em suspenso o cancelamento do concurso público. “Não houve análise ainda em relação a este pedido e por isso ainda não fomos citados”, explicou.
A comissão de servidores efetivos do município foi quem a princípio recomendou que o gestor suspendesse o concurso e na semana seguinte o Ministério Público notificou o prefeito para que cancelasse o certame. “Isso tendo em vista os indícios de fraudes em todos os concursos no estado. Isso causou preocupação tendo em vista a quantidade de vagas e cargos. Por isso foi cancelado. É um ato discricionário do Poder Executivo que atende vários princípios constitucionais. Por isso aguardaremos e a ordem que vier será cumprida”, disse o procurador.
Ele explica que pelo pedido feito no mandado de segurança, seria suspenso o decreto que cancelou o contrato até que se apure a questão. “Ficaria tudo parado. Nós já estamos em fase final. Já foram enviados convites para empresas públicas de renome nacional para fazer o concurso. Vamos continuar fazendo isso, mas se vier ordem judicial vai ser suspenso”, explica.
