A Polícia Judiciárias Civil de Sorriso confirmou a prisão em flagrante de um suspeito de 22 anos sob acusações de sequestro, agressão e abuso sexual contra sua ex-namorada de 18 anos, nas primeiras horas do último domingo. De acordo com informações fornecidas pela investigadora-chefe, delegada Jéssica Cristina Assis, a vítima foi submetida a um terrível tormento que envolveu tortura física e terror psicológico.
O episódio teve início no bairro Mário Raiter, após a vítima retornar para casa de uma festa. O suspeito, supostamente consumido pelo ciúmes, tomou à força as chaves da motocicleta dela, a obrigou a entrar em seu carro e a conduziu em direção a Nova Ubiratã. O suspeito fez duas paradas ao longo do trajeto, onde submeteu a vítima a múltiplas instâncias de abuso sexual, acompanhadas de socos, agressões severas, lesões corporais e ameaças de automutilação e assassinato.
A delegada explicou mais sobre o histórico do caso, relatando que os dois indivíduos tiveram um relacionamento tumultuado marcado por infidelidade, ciúmes excessivo e comportamento incontrolável por parte do suspeito. Apesar do término anterior, eles haviam reatado a relação de forma intermitente. No entanto, o ciúme crescente do suspeito e sua incapacidade de aceitar as atividades sociais da vítima levaram aos eventos horríveis que se desenrolaram naquela fatídica noite.
A vítima, ao relatar sua experiência traumática, afirmou que o suspeito a deixou próximo a sua residência ao retornarem a Sorriso e implorou: “Pelo amor de Deus, não conte isso para sua mãe.” Apesar de seus apelos, a vítima conseguiu escapar de suas garras e correu para casa, onde prontamente relatou os detalhes brutais para sua mãe, exibindo ferimentos visíveis decorrentes da agressão. Sua mãe não hesitou em alertar a Polícia, que rapidamente localizou o suspeito em sua residência e o deteve.
Durante os subsequentes procedimentos legais, o acusado enfrentou uma audiência judicial onde ofereceu uma versão conflitante dos acontecimentos. Ele negou qualquer atividade não consensual ou violenta, afirmando que a vítima havia entrado voluntariamente em seu veículo. No entanto, as evidências contradisseram suas alegações. A vítima apresentava diversas lesões, incluindo inchaço facial e marcas em seu corpo condizentes com a maneira pela qual foi transportada e agredida à força.
O caso continua sendo investigado.
