Polícia Federal faz em Sinop e Nova Ubiratã operação para combater tráfico internacional de drogas; 2 presos

A Polícia Federal deflagrou, esta manhã, a operação Tuup, que tem como objetivo desarticular uma organização responsável pelo transporte internacional de drogas a países da América Central. Para a prática, eram utilizadas aeronaves adquiridas e adaptadas no Brasil. A ação acontece em oito Estados, e uma fonte de Só Notícias confirmou que uma pessoa foi presa em Sinop e outra em Nova Ubiratã, bem como foram cumpridos mandados de busca e apreensão em ambos os municípios.

Ao todo, a 4ª Vara Federal (Seção Judiciária do Tocantins) expediu seis mandados de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 14 de busca e apreensão, além de um de sequestro de bem imóvel. Cerca de 60 policiais cumprem as ordens, além de Mato Grosso e Tocantins, em Goiás, São Paulo, Pará, Amapá, Santa Catarina e Ceará.

De acordo com a assessoria da PF, as investigações contaram com o apoio técnico da Agência Nacional de Aviação Civil, que também auxilia a equipe de investigação na deflagração da operação policial. As apurações apontam que os investigados foram responsáveis pela preparação e adaptação de três aeronaves em um mesmo aeródromo privado, em Nova Ubiratã. O proprietário também é investigado pelo consentimento do uso da propriedade, como também por ter auxiliado os demais investigados nas três empreitadas criminosas.

Detalhou ainda que as aeronaves foram preparadas por integrantes do grupo investigado. A primeira decolou de Nova Ubiratã, em agosto de 2020, e foi utilizada pelo grupo criminoso para transportar drogas até a Guatemala. As autoridades policiais e o Ministério Público da Guatemala informaram a apreensão de 735 quilos de cocaína naquela ocasião, e que a aeronave foi incinerada pela tripulação, após o pouso realizado em uma pista clandestina, dois dias depois de deixar o Brasil.

A segunda foi aprendida em Belize. Ela foi encontrada horas após a decolagem do aeródromo de Nova Ubiratã, em outubro de 2021. A polícia local informou que a aeronave foi totalmente incinerada pela tripulação, imediatamente após o pouso em uma pista clandestina em uma região de Belize, próxima à fronteira com a Guatemala.

Já a terceira também foi preparada no aeródromo de Nova Ubiratã, em novembro passado, e decolou em dezembro para realizar o transporte internacional de drogas. A PF apurou que os aviões adquiridos pelo grupo criminoso foram registrados em nome de terceiros, que não têm condições financeiras que justifiquem as aquisições e não têm qualquer tipo de relação com a atividade aeronauta, sendo utilizados como “laranjas” ou “testas de ferro” pelos investigados.

Os três aviões realizaram operações de voos irregulares e continham planos de voos fraudulentos, colocando em risco também a segurança do transporte aéreo, fato que também poderá ensejar a responsabilização criminal dos suspeitos. Os investigados serão indiciados pelos crimes de associação ao tráfico, tráfico internacional de drogas e financiamento ao tráfico, como também, pelo crime de atentado a segurança do transporte aéreo.

O nome da operação faz referência a “Tuup” palavra de origem Maia, que indica a ação de “colocar ou atear fogo”, conduta adotada pelo grupo investigado para eliminar possíveis vestígios deixados nas aeronaves utilizadas nos transportes dos entorpecentes.

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