Nesta terça-feira (2), a Polícia Civil prendeu uma mulher apontada como principal suspeita do crime, além do filho dela e outra cúmplice que dava cobertura ao grupo.
As investigações sobre o desaparecimento de um jovem em Sorriso resultaram em novas prisões nesta terça-feira (2). A Polícia Judiciária Civil localizou o esconderijo de uma mulher, considerada peça-chave de uma organização criminosa atuante no município, e a prendeu junto com o filho adolescente e outra mulher que oferecia guarida ao grupo. No local também foram apreendidas porções de drogas.
A vítima foi identificada como Gabriel Feitosa, de 24 anos. No último domingo, ele havia saído com a ex-namorada para um bar, quando ambos foram abordados pelo grupo criminoso. O casal foi rendido e mantido refém. Após momentos de tensão, a mulher foi liberada, mas sob ameaças foi obrigada a deixar o município de Sorriso.
Segundo o delegado Bruno França, a principal suspeita já era monitorada desde o início das diligências. “Ela é participante da organização criminosa há muito tempo em Sorriso. No começo de agosto chegou a ser presa por envolvimento em um sequestro com intenção de homicídio de dois jovens, que conseguimos salvar. Desta vez, infelizmente, ela obteve êxito e ainda levou o filho menor para participar”, afirmou.
De acordo com as investigações, a mulher esteve presente em todas as etapas do crime: desde o convite feito à vítima e à ex-namorada para irem ao bar, passando pelo sequestro, até a execução em um chamado “tribunal do crime”. Durante a madrugada, ela teria utilizado o carro de um ex-namorado para, junto a comparsas já detidos, retirar o corpo da mata, transportá-lo até a região do Lira e arremessá-lo nas águas amarrado a uma pedra.
O delegado detalhou ainda que a mulher será indiciada por homicídio, ocultação de cadáver, participação em organização criminosa e outros crimes que possam ser identificados. Já a cúmplice que lhe dava cobertura será responsabilizada por favorecimento pessoal.
A polícia reforçou que não há indícios de envolvimento da ex-namorada de Gabriel no crime. “Ela era apenas amiga da sequestradora e também foi mantida em cativeiro, separada do namorado”, explicou França.
As diligências continuam, uma vez que dois outros integrantes do grupo ainda não foram identificados.