Boa Esperança do Norte| Nova Ubiratã| Sorriso

Prefeitura de Nova Ubiratã pede ao STF suspensão da criação de Boa Esperança do Norte

A Prefeitura de Nova Ubiratã protocolou um pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a suspensão da criação do município de Boa Esperança do Norte. A decisão que autorizou a implantação do novo município foi concedida em outubro do ano passado pelos ministros da Suprema Corte.

Nova Ubiratã argumenta que a criação de Boa Esperança do Norte resultará em uma significativa perda de território, o que acarretará em uma considerável diminuição na arrecadação municipal. Em um recurso contra a decisão, o município apresentou ao STF um Estudo de Impacto Econômico, indicando uma perda anual de R$ 33 milhões, correspondente a 27% da arrecadação anual. Segundo a petição, essa situação comprometeria a manutenção da municipalidade, resultando em prejuízos irreversíveis para a população.

O município de Nova Ubiratã alerta que, caso a emancipação de Boa Esperança do Norte seja mantida, será necessário efetuar uma demissão em massa de servidores públicos e paralisar serviços essenciais. A petição destaca a necessidade de aguardar o esgotamento das discussões em debate, alegando que há probabilidade do direito invocado e que a fundamentação se coaduna com a documentação acoplada.

No pedido ao STF, Nova Ubiratã solicita a suspensão imediata da criação de Boa Esperança do Norte e, ao final do processo, a declaração de nulidade da decisão que autorizou a implantação do novo município. Como alternativa, caso o Supremo não reverta a decisão, o município pede que apenas Sorriso perca território, argumentando que a maioria da população local votou contra a emancipação em um plebiscito realizado em março de 2000.

A criação de Boa Esperança do Norte resultará na perda de 360 mil hectares de território por parte de Nova Ubiratã, correspondendo a 80% do novo município, enquanto os outros 20% serão compostos por uma área que atualmente pertence a Sorriso.

O pedido de emancipação do distrito foi apresentado ao STF pelo partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A votação dos ministros resultou em oito a favor do pedido, com o relator, ministro Luís Roberto Barroso, e outros dois ministros sendo contrários. A ação foi aberta em 2000, quando Boa Esperança do Norte foi desmembrado de Nova Ubiratã e Sorriso por meio de uma lei estadual. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso suspendeu a norma atendendo ao pedido de Nova Ubiratã.

O ministro Gilmar Mendes, ao discordar e abrir divergência, destacou a não irrefletida pretensão de instalação do município de Boa Esperança do Norte, afirmando que a ação se mostra como um instrumento pertinente e adequado para solucionar a injustiça vivenciada pelos cidadãos do local.

A Assembleia Legislativa defendeu que o tribunal suspendeu a execução da legislação sem declarar sua inconstitucionalidade. Em 2020, o Tribunal Regional Eleitoral autorizou a realização de eleição municipal em Boa Esperança do Norte, mas uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral suspendeu a criação do município e a realização da eleição. O impasse aguarda uma decisão final do STF.

Veja também

Economia em alta: IBGE aponta crescimento acima da média em Mato Grosso e estabilidade no país

Corpo de Bombeiros orienta população após avistamento de cobra de grande porte em Sorriso

Estudantes do CEMEB Sorriso conquistam ouro na Olimpíada Brasileira de Robótica

Eleitores de Sorriso são chamados para realizar cadastramento biométrico obrigatório

Sorriso recebeu Murilo Tasca para o Conexão Valle; mais de 300 inscritos

Usina em Colíder: medida tardia revela omissão e mantém alerta, aponta MPMT