Procedimentos de controle garantem biossegurança e qualidade da carne bovina brasileira

O Brasil é reconhecido como um dos principais produtores de carne, e mantém a máxima sanidade de seus produtos – um dos alicerces do sistema produtivo brasileiro -, tanto na fazenda quanto em frigoríficos, ação vista como fundamental para que o país se mantenha sempre competitivo. E a sanidade da carne  brasileira foi constatada in loco pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), em visita realizada ao frigorífico Pantanal.

“Ali, foi possível verificar uma realidade de nossa indústria: a manutenção da boa saudabilidade em todas as etapas de produção da carne bovina, que começa no transporte dos animais e segue até a expedição do produto final”, diz Francisco de Sales Manzi, diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Ao comprar uma peça de carne no açougue, o cidadão desconhece que as indústrias do setor seguem programas como os de Boas Práticas de Fabricação (BPF’s), o de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), e de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO), que devem estar presentes em toda a cadeia de beneficiamento; ou ainda outros que permitam reduzir os riscos existentes e inerentes ao sistema de produção. Um deles é o Programa de Autocontrole (PAC), implantado nos frigoríficos com o intuito de seguir as exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Maria Cerqueira da Silva, 66 anos, é dona de casa. Na hora de comprar carne, ela foca no aspecto visual da peça, e nem imagina que até chegar ao ponto de venda o produto passou por dezenas de controles sanitários, que o rigor na fiscalização e tão grande que cada animal abatido é inspecionado e que este trabalho, que é referência mundial, está em constante processo de aperfeiçoamento por meio de novos estudos e pesquisas para melhorar ainda mais a qualidade do que chega à mesa do consumidor.

Buscar a sanidade das carnes representa uma ação que depende de planejamento, execução e manutenção que visam prioritariamente reduzir os riscos causados pelos agentes de natureza física, química ou biológica, e o Brasil exporta grandes volumes de carne ao mundo todo por não enfrentar qualquer restrição em relação ao seu status sanitário, provando sua qualidade e eficiência sanitária, afirma o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Mapa.

Ações como programas de vacinações, manejos adequados, incluindo práticas de bem-estar animal, orientação e supervisão veterinária constante são ações a nível de fazenda fundamentais para manter a sanidade, bem como aquelas realizadas por parte das indústrias de abate ou de processamento de produtos derivados.

“A manutenção da sanidade das carnes é possível se ocorrerem investimentos constantes em pesquisa, novas tecnologias e manutenção dos cuidados da estrutura produtiva; gestão efetiva de todos os processos, mantendo a rigidez dos trabalhos com foco na biosseguridade; e união da cadeia produtiva e dos elos envolvidos (incluindo os agentes governamentais) em torno de um objetivo comum, que beneficia o setor e o país”, destaca o médico veterinário Francisco Manzi, diretor técnico da Acrimat. “E nós vemos isso ocorrendo nos frigoríficos e fazendas brasileiras”, conclui Manzi.

E todos estes procedimentos transformar a carne brasileira num dos produtos de maior qualidade do mundo. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, mostram que a indústria da carne é de extrema importância para o Brasil. As exportações de carne ocupam a 6ª colocação no Ranking dos Principais Produtos Exportados pelo Brasil.

Comparativo

De acordo com a Secex, as vendas externas totais do produto brasileiro cresceram 10% em comparação com novembro de 2019. O Brasil embarcou 197,852 mil toneladas de carne bovina in natura e industrializada em novembro. No mesmo mês no ano passado, foram 180,214 mil. A receita, na mesma comparação, aumentou 15%, de US$ 841,9 milhões para US$ 844,8 milhões.

No acumulado do ano até novembro, o Brasil exportou, em receita, US$ 7,7 bilhões, contra US$ 6,8 bilhões no mesmo período de 2019.

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