Os mato-grossenses vão sofrer com um aumento significativo na conta de energia elétrica a partir deste mês e precisam ficar atentos às mudanças.
Isso porque o aumento de 7,29% aprovado em abril pela Agência Nacional de Energia Elétrica, para consumidores residenciais, se somará ao custo da bandeira tarifária vermelha patamar 1, acionada pela Aneel em maio, o que significa um acréscimo de quatro reais e 16 centavos para cada 100 quilowatt-hora consumidos.
E o impacto disso na fatura mensal preocupa a Secretaria Adjunta de Proteção e Defesa dos Direitos dos Consumidores, o Procon Mato Grosso.
O diretor do órgão, Edmundo Taques, lembrou que desde o começo da pandemia de coronavírus os brasileiros vêm enfrentando dificuldades para quitar suas dívidas.
E um fator regional agrava a situação: a estiagem antecipada. Em algumas cidades de Mato Grosso já não chove há mais de 50 dias.
“Tudo indica que teremos um período de estiagem maior, o que em Mato Grosso também significa altas temperaturas. Quanto maior o período de calor acima da média, maior o período de consumo intenso de energia”.
Segundo o membro do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica de Mato Grosso, o engenheiro eletricista, Teomar Magri, a “cadeia do calor” intensifica o uso de equipamentos de ventilação e refrigeração.
Este consumo, explica Magri, pode aumentar de 30% a 50% no período que vai de agosto a novembro, dependendo do perfil de cada consumidor.
Edmundo Taques, lembrou que a “energia elétrica se mantém há anos como o serviço com o maior número de reclamações pelos consumidores que procuram o Procon Estadual”.
“As principais reclamações são de ‘cobrança indevida’ e ‘dúvida sobre cobrança”, explicou Taques.