Um professor de ensino fundamental do município de Sorriso foi preso em flagrante nesta 3a-feira (04) pela equipe da Delegacia da Polícia Civil, acusado de crime sexual contra um estudante de seis anos. A ação foi desencadeada após uma notificação da Secretaria Municipal de Educação ao Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual, que relatou as atitudes suspeitas do professor, apoiadas pela análise de imagens das câmeras de segurança da sala de aula.
Durante uma atividade sobre o movimento Maio Laranja, que inclui uma palestra sobre exploração sexual infantojuvenil realizada no dia 3 de junho, alguns participantes relataram que o professor fazia “brincadeiras” inapropriadas, como colocar a mão por dentro da camiseta dos alunos e fazer cócegas nas crianças.
Esses relatos foram encaminhados à direção da escola, que começou a monitorar o professor através do circuito interno de câmeras. As filmagens mostraram o professor conduzindo um aluno para os fundos da sala e se posicionando com a criança atrás de uma carteira no último assento. O suspeito permaneceu sentado no chão com a vítima por quase 10 minutos. Estranhando a situação, uma colaboradora entrou na sala e encontrou a criança deitada no chão de barriga para cima. Ela chamou o professor e pediu que ele entregasse um documento à direção. Ao se dirigir a um armário, a testemunha notou que o professor estava com uma ereção.
A mãe da criança foi ouvida e revelou que o professor vinha presenteando seu filho há meses com itens como skate, mochila e garrafas, e chegou a pedir para levar o menino para casa após as aulas, alegando querer ajudar a mãe.
O professor, de 38 anos, foi conduzido à Delegacia de Sorriso e autuado em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável. A delegada Jéssica Assis explicou que a conduta do professor foi capciosa e maliciosa, e que os relatos das demais crianças e da testemunha, juntamente com as filmagens, foram cruciais para esclarecer o caso.
“Por se tratar de um ato sexual criminoso envolvendo uma criança, ele foi autuado por estupro de vulnerável. Como o crime ocorreu em ambiente escolar, na presença de diversas crianças, e levando em conta o fato de o suspeito não ter se intimidado sequer com as câmeras do local, entendo que a liberdade do infrator é intolerável e perniciosa à ordem pública. Por isso, represento pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva”, observou a delegada.
O suspeito será encaminhado à audiência de custódia do Poder Judiciário, onde será decidido se ele responderá ao processo em liberdade ou se permanecerá sob custódia das autoridades.