Quatro bandidos foram indiciados pela Polícia Civil pelo envolvimento no homicídio de Marcionílio Risello Machado, 28 anos, e Haroldo Júnior Barboza de Souza, 20 anos, ocorrido em julho deste ano, em Guarantã do Norte (715 km de Cuiabá). Eles devem responder por homicídio qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas) e ocultação e destruição de cadáver.
De acordo com a Polícia Civil, Marcionílio e Haroldo desapareceram no dia 24 de julho, após o final da última festa da Expotã. Os dois eram amigos e não tinham registros criminais, segundo a PJC.
Haroldo estava saindo da festa em uma motocicleta, quando foi emboscado e coagido a entrar no veículo com os criminosos, que depois buscaram Marcionílio. Após isso, os dois foram levados pela BR-163 até um local conhecido como Linha da Cachoeirinha.
Marcionílio foi morto com golpes de picareta. A investigação da polícia apurou que dois criminosos retornaram à cidade para comprar soda cáustica, produto usado para descaracterizar e dificultar a identificação do cadáver da vítima, que estava escondido em um pequeno morro de difícil acesso, dentro de uma área afastada de uma propriedade rural às margens Linha da Cachoeirinha.
Já Haroldo foi executado em outro local, conhecido como Linha Santo Antônio. Ele foi obrigado a consumir uma excessiva quantidade de drogas e depois ingerir soda cáustica. Ele foi morto também com golpes de picareta e enterrado em uma cova rasa.
O corpo de Marcionílio foi localizado no dia 29 de julho. O funcionário de uma fazenda estava a caminho da construção de um curral quando sentiu um forte odor, pensando se tratar de animal morto. Ao entrar na mata para verificar, avistou o corpo já em estado de decomposição.
Haroldo Junior Barboza foi encontrado no outro dia. O corpo apresentava sinais de decomposição e no bolso da roupa estavam seus documentos pessoais.
Motivação e crueldade
Segundo o delegado Guarantã do Norte, Lucas Lelis, Haroldo foi morto por estar comercializando drogas sintéticas na cidade sem autorização da organização criminosa. Já Marcionílio foi executado por comprar droga de Haroldo
“Tais circunstâncias configuram a futilidade da motivação dos crimes, além de recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois os grupo criminoso estava em superioridade numérica e, ainda, valeram-se disso para coagi-los a entrar no automóvel em que foram levados para serem mortos”, destaca o delegado.
A investigação apurou também que o crime foi premeditado, já que os quatro bandidos foram para a exposição, na véspera, com os instrumentos usados para cometer o crime, dentro do carro.
Dos quatro criminosos indiciados, um está preso preventivamente em unidade prisional da região norte. Três ainda estão foragidos.
