O desempenho das lavouras de soja na Bahia está abaixo do esperado. No oeste do estado, que concentra cerca de 99% da produção, dados preliminares mostram produtividade 5,4% menor em áreas irrigadas.
De acordo com a Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba), as primeiras colheitas apontam para produtividade média de 70 sacas por hectare, enquanto na temporada 2022/23 as áreas com pivô forneceram 74 sacas.
Além disso, produtores da região têm relatado níveis consideráveis de infestação de mosca-branca e problemas pontuais com mofo-branco nas lavouras de soja.
Para completar o quadro negativo, foi reportado, na semana passada, o primeiro caso de ferrugem-asiática na região. A ocorrência foi registrada no núcleo de Rio das Pedras, em Barreiras.
Já no Piauí, a Aprosoja do estado informou que a situação da soja na região está regular, mas com os trabalhos atrasados por conta da realização do plantio que se estendeu até janeiro.
No Tocantins, por sua vez, as principais áreas já estão com cerca de 9% da colheita realizada. No entanto, na safra passada, os trabalhos de retirada do grão já evoluiam para 40% das lavouras.
A colheita da soja em Mato Grosso está mais adiantada nesta safra. Até o momento, as máquinas já avançaram em 51,5% da área destinada ao grão, projetada em 12,1 milhões de hectares.
O ritmo dos trabalhos ultrapassa o registrado na média histórica para o período, de 44,1%. A rapidez na colheita se deve à necessidade de muitos produtores de antecipar a atividade por conta do tempo seco e quente que adiantou o ciclo da cultura.
No estado, a colheita está mais adiantada em duas regiões e em ritmo mais lento em outras duas:
- Oeste: 76,6%
- Médio norte: 73,9%
- Sudeste: 33,7%
- Nordeste: 27,6%
