A Secretaria de Saúde, através do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), divulgou ontem, 15 de agosto, o perfil epidemiológico dos casos de dengue, chikungunya e zika vírus registrados em Sorriso desde o início do ano até o início de agosto. Foram confirmados 886 casos de dengue, com 22 deles apresentando sinais de alarme e 1 caso classificado como dengue grave. Além disso, 1.402 casos de chikungunya foram confirmados no período. Em relação ao zika vírus, a situação permanece estável, com apenas três casos confirmados, sendo dois em mulheres e um em homem, e um caso ainda sob investigação.
O Cievs também detalhou o perfil da população infectada. Entre os casos de dengue, 49,28% ocorreram em homens e 50,72% em mulheres, com a faixa etária de 21 a 30 anos apresentando o maior número de casos em ambos os sexos. Para chikungunya, a maioria dos casos também foi registrada em mulheres (56,28%), com a faixa etária de 31 a 40 anos sendo a mais afetada.
A enfermeira e coordenadora de Vigilância em Saúde, Taynná Vacaro, destacou a importância da vigilância contínua e do diagnóstico preciso para o controle das doenças. Ela explicou que a chikungunya pode apresentar uma fase aguda e uma fase crônica, com sintomas como dor nas articulações e inchaço que podem persistir por até 90 dias ou mais.
A enfermeira ressaltou a necessidade de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, principal vetor dessas doenças. Problemas como o descarte inadequado de água servida e a sujeira nas bocas de lobo foram apontados como fatores críticos para a proliferação do mosquito na região.
Os altos índices de infestação do Aedes aegypti em áreas como o Assentamento Jonas Pinheiro, Verdes Campos e Industrial Nova Prata também foram motivo de preocupação, com taxas muito acima do aceitável pelo Ministério da Saúde.
A coordenadora do departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, Claudete Damasceno, reforçou que a população deve cuidar de seus espaços para combater os focos de mosquitos e outros animais peçonhentos. Ela alertou que casos reincidentes de acúmulo de lixo e água servida podem levar a multas, com a atuação do Núcleo Integrado de Fiscalização (NIF).
A Secretaria de Saúde também disponibiliza canais de denúncia para situações suspeitas e oferece dicas para prevenção, como manter a caixa d’água fechada, eliminar recipientes que possam acumular água e usar repelentes.
