Serão duas novas vagas para Mato Grosso, medida que pode gerar um impacto anual de R$ 22 milhões aos cofres públicos do Estado
O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (25), por margem apertada de 41 votos favoráveis — o mínimo exigido — o projeto de lei que amplia o número de deputados federais no país em 18 cadeiras. Como o texto sofreu alterações durante a tramitação no Senado, ele precisará retornar à Câmara dos Deputados para nova análise.
Em Mato Grosso, a medida tem impacto direto: o estado ganhará duas novas vagas na Câmara Federal, passando de 8 para 10 deputados. Na esfera estadual, a Assembleia Legislativa também será ampliada, saltando de 24 para 30 parlamentares. O aumento pode representar um acréscimo de cerca de R$ 22 milhões por ano nos gastos públicos locais, segundo estimativas preliminares.
Entre os representantes mato-grossenses no Senado, Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL) se posicionaram contra a proposta. A senadora Margareth Buzetti (União) não participou da votação.
Wellington Fagundes criticou duramente a aprovação do projeto. “Sim, em plena crise, com o povo sufocado por impostos e a máquina pública inchada, decidiram que o caminho é criar mais cargos e mais despesas. Eu votei contra. Porque não é isso que o Brasil precisa”, publicou em suas redes sociais.
Ele também ressaltou que a maioria da população rejeita a medida. “Mais de 75% da população é contra, porque sabe que vai aumentar o gasto. Por isso, votei contra. É importante a manifestação popular para que talvez se consiga um veto presidencial”, afirmou.
Durante a votação, os senadores aprovaram uma emenda que proíbe o aumento de despesas com estrutura administrativa, mantendo, no entanto, os salários dos novos parlamentares. A estimativa inicial de impacto para a Câmara dos Deputados era de R$ 64 milhões ao ano. Com a emenda, o custo deve ser reduzido para cerca de R$ 10 milhões, apenas com remunerações.