Servidoras da Saúde cometem suicídio em Mato Grosso

Com a pandemia do novo coronavírus, os profissionais da saúde, que atuam na linha de frente do combate, estão sob pressão o que tem levado muitos a ter as doenças da alma. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma), Oscarlino Lima, a situação já era complicada para manter a saúde mental e com a covid-19 piorou. Na segunda-feira (27), duas servidoras tiraram a própria vida, vítimas da depressão, em Rondonópolis (212 km da Capital).

“Antes de sermos profissionais da saúde, somos humanos com família em casa. O medo é até maior, pois convivemos com o drama diário e várias vidas em nossas mãos”, explica Oscarlino.

O novo coronavírus tem matado diversos profissionais da saúde. Em Mato Grosso, já perderam a vida para o vírus sete médicos e 21 profissionais da enfermagem. Mas a doença silenciosa também tem feito um grande estrago, mostrando que além de Equipamentos de Proteção Individual (Epi’s), esse profissionais precisam de suporte para o emocional.

A segunda-feira foi pesada para esses servidores, que perderam duas colegas, sendo a funcionária da Funasa (Ministério da Saúde) que atuava no Escritório Regional de Saúde de Rondonópolis, Geralda Leite Mendes, e a técnica de enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Elisângela Moresco.

O Sisma, o Coren, e a Secretária Estadual de Saúde (SES) emitiram notas de pesar.

Nas redes sociais, elas foram descritas como dedicadas, amadas e queridas. Amigos, familiares e colegas lamentam a partida de Elisangela e Geralda.

Profissionais de saúde pedem, em suas postagens, que o governo olhe para classe já que a depressão tem “tombado” muitos servidores.

Peça ajuda

O CVV (Centro de Valorização da Vida) tem realizado em Cuiabá, todas as quintas-feiras, reuniões com sobreviventes ao suicídio e seus familiares. Assim como parentes de pessoas que se mataram.

Também passaram a serem gratuitas as ligações feitas ao número 188. Canal de atendimento 24 horas

Mais de um milhão de atendimentos anuais são realizados por 2.000 voluntários pelo telefone 188, pessoalmente (nos 80 postos de atendimento) ou pelo www.cvv.org.br via chat, Skype e e-mail.

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