Soja: excesso de chuva preocupa e vendas travam no Brasil

O mercado brasileiro de soja teve mais um dia praticamente parado em termos de negócios. Como de costume na semana, os preços tiveram comportamento regionalizado, em patamares nominais. O dólar subiu, mas Chicago caiu, afastando os negociadores.

Outro motivo de preocupação é o atraso na colheita. Chove demais no Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Sem colher, o produtor opera por uma postura cautelosa e evita negociar.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 167 para R$ 166. Na região das Missões, a cotação seguiu em R$ 165. No porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 169 para R$ 166.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 170 para R$ 172 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca baixou de R$ 166 para R$ 165.

Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 155. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 158 a saca. Em Rio Verde (GO), a saca ficou em R$ 160.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Após três sessões de ganhos e depois de iniciar o dia no território positivo, o mercado mudou de direção, com os agentes optando por realizar lucros.

As sinalizações vindas dos economistas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de que a área a ser plantada com soja em 2021 deverá crescer ajudaram a pressionar as cotações.

O cenário fundamental segue positivo e impulsionou as cotações no início da sessão. A demanda pela soja americana está aquecida e a procura deverá persistir devido ao atraso na colheita da produção brasileira. O excesso de chuvas e a provável greve dos caminhoneiros traz preocupação ao mercado.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 21,50 centavos de dólar por libra-peso ou 1,56% a US$ 13,53 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 13,51 por bushel, com perda de 21,75 centavos ou 1,58%.

Nos subprodutos, a posição março do farelo recuou US$ 9,50 ou 2,17% a US$ 427,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 44,65 centavos de dólar, com ganho de 0,13 centavo ou 0,29%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,55%, sendo negociado a R$ 5,4360 para venda e a R$ 5,4340 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3910 e a máxima de R$ 5,4610.

Veja também

Mapa acata recomendação do MPF de não autorizar mudanças no vazio sanitário da soja

Brasil deve exportar 96 milhões de toneladas de soja em 2024, diz consultoria

Chuva pode causar transtornos em áreas produtoras de soja nos próximos dias

Produtores em MT estimam quebra na receita de quase 50% e medidas de socorro anunciadas pelo governo federal não são suficientes para conter crise

Nova Ubiratã: mutirão aponta a produtores rurais facilidade para regularização ambiental com CAR Digital

Azeite falsificado: governo barra entrada de 20 mil litros no Brasil