Sorriso integrará missão espacial Garatéa ISS

Publicado em 22 de janeiro de 2020 às 13:11965Em Secretaria de Educação e CulturaPrevisão é que experimento de alunos da Escola Regina Coeli seja lançado ao espaço na metade do ano

Sorriso em uma missão espacial. Está parecendo coisa de sonho? Poderia ser, lá na década de 80 quando o sonho dos migrantes era construir uma cidade próspera e acolhedora. Hoje o que parecia impossível é realidade próxima moldada pela mão de três adolescentes e uma professora de física. Isso mesmo. Os estudantes Eduardo Pagnam Vieira, Larissa Paes e Karine Gabriela Ascoli e a professora Michele Poleze são os responsáveis por enviar um pouquinho de Sorriso para o espaço no foguete da Space X. De acordo com o site iss.garatea.space o Brasil é a única comunidade fora da América do Norte a participar do programa.

Com a supervisão de Michele, Eduardo, Larissa e Karine desenvolveram um projeto que busca analisar se há relação entre a degradação da lactose e a gravidade. Inscrito na competição Garatéa-ISS, iniciativa desenvolvida pela Missão Garatéa com apoio do Instituto Tim, o projeto foi o finalista no Brasil e o experimento será enviado ao espaço em um foguete da Space X rumo à estação Espacial Internacional (ISS) com previsão de lançamento para a metade do ano – que os sorrisenses já tem o convite para acompanhar de [o lançamento] de pertinho, diretamente da base da empresa, na Flórida, nos Estados Unidos.

Além disso, os estudantes também foram convidados a participar de um congresso juntamente com alunos norte-americanos. Antes disso, porém, eles farão uma pequena escala no laboratório da Universidade de São Paulo (USP) na próxima semana entre os dias 27 e 31 de janeiro para aprimorar o experimento.

Orgulhoso, Eduardo conta que eles voltarão de São Paulo com cinco tubos de ensaio. “São minilaboratórios. Quatro ficarão conosco na Terra e um será lançado ao espaço por um período de 20 (vinte) dias no meio do ano. Depois o tubo nos será devolvido para que façamos a comparação do comportamento das bactérias entre o que foi pro espaço e os que ficarão na Terra”, explica.

E não é só ele quem está orgulhoso da façanha. A diretora da Escola Regina Coeli, instituição em que eles estudam, Irmã Rosimeri Brighenti, pontua que no país todo 89 projetos foram inscritos. “E nossos alunos foram os finalistas. Estamos muito orgulhosos em representar Sorriso, o Estado de Mato Grosso e o Brasil na Missão Garatéa. Para isso, hoje viemos pedir o apoio da Prefeitura e da Câmara de Vereadores para viabilizar a viagem dos alunos para os Estados Unidos”, explica.

Entusiasmado, o prefeito Ari Lafin parabenizou os estudantes, os pais, a professora e diretora da Regina Coeli e toda sua comunidade acadêmica. “Fico imensamente feliz ao receber alunos do município com projetos tão relevantes e com destaque mundial. Quero parabenizar a todos os envolvidos direta e indiretamente no projeto. Quem sabe temos aqui na sala um futuro cientista que fará a diferença no mundo?”, destacou Ari. O prefeito disse ainda que irá analisar uma forma legal para poder auxiliar os alunos. “Essa é uma iniciativa que merece aplausos e buscaremos maneiras de auxiliar a escola”, acrescentou.

Presente no encontro o vereador Cláudio Oliveira parabenizou os estudantes e todos os integrantes da escola e comprometeu-se em também buscar formas de ajudar na captação de recursos para a viagem.

Já a secretária de Educação e Cultura, Lúcia Drechsler destacou a importância da Missão Garatéa. “Está edificada nos três pilares: inspirar, educar e construir. Parabéns à Escola Regina Coeli, estamos realmente deslumbrados com o projeto”, disse.

Também participaram do encontro o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Drusina e uma comitiva formada pelos pais dos estudantes responsáveis pelo experimento.

Missão Garatéa

De acordo com o site iss.garatea.space o projeto Missão Garatéa é “uma iniciativa genuinamente brasileira que busca promover a ciência no Brasil através de projetos fantásticos”. Garatéa é uma palavra do idioma Tupi-Guarani e significa “busca vidas”.

 A Garatéa-ISS está diretamente ligada ao Student Spaceflight Experiments Program (SSEP), programa norte-americano que envia experimentos de alunos entre 10 e 18 anos para o espaço.

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