E quem foi atendido ontem com muito carinho foi o pequeno João Miguel de 8 anos. Miguel, como conta a mãe Ângela da Silva, nasceu com hidrocefalia, usa uma válvula para drenagem do líquido e precisa de acompanhamento contínuo. Ângela conta que o filho é um guerreiro: Miguel também nasceu com mielomeningocele (espinha bífida aberta) e além disso precisa fazer uma cirurgia ortopédica nos pés, para cada necessidade a mãe conta com o apoio e orientação clínica especializada.  “Desde que ele nasceu nós realizamos acompanhamento. Ontem (16) a doutora nos encaminhou para o neurocirurgião avaliar também o caso dele. Esta já foi a terceira consulta do João Miguel com ela e sempre fomos muito bem acolhidos”, pontua.

Desde 2018 o serviço de consultas com neuropediatra vem sendo ofertado pelo Município em uma busca de trazer para mais perto o profissional, evitando deslocamentos das famílias para outras cidades como acontecia anteriormente em que quem necessitava de neuropediatra era encaminhado para Cuiabá ou Colíder.

As 60 consultas realizadas pela profissional são de alta complexidade, não sendo de responsabilidade do Município. Porém, foram adquiridas com recursos próprios, através do Consórcio Público de Saúde Vale do Teles Pires, e fazem parte do Programa Mais Saúde. Conforme a profissional Aline Francisco Maia, da Central de Regulação, em cada mutirão a profissional atende retornos e também uma parcela de novos pacientes cadastrados pela Central.

“Mesmo durante o período de pandemia buscamos manter todos os demais serviços e, a especialidade de neuropediatra é essencial. Buscamos manter o atendimento normalizado para nossos pequenos sorrisenses que, além da pandemia enfrentam outras situações de enfermidade”, explica o secretário de Saúde e Saneamento, Luis Fábio Marchioro.

Marchioro lembra que todas as consultas integram a demanda já cadastrada no Sistema de Regulação. Caso haja necessidade de atendimento, a família deve procurar o Programa de Saúde da Família mais próximo de sua residência para consulta e encaminhamento correto. “A porta de entrada para qualquer atendimento da rede pública de saúde é sempre o PSF”, finaliza o secretário.