Projeto especial da Energisa é concluído duas semanas antes do previsto, reforçando o sistema de transmissão que alimenta ao município
Um projeto pioneiro finalizado nesta semana, trouxe estabilidade ao sistema de transmissão de energia de Sorriso. A rede básica dava sinais de exaustão, trabalhando com 100% da capacidade na subestação que atende ao município. A situação não tinha relação com a rede de distribuição da Energisa, mas era sinalizada pela companhia a setores de regulação por afetar diretamente os clientes rurais da empresa na região, que corriam o risco de ficar sem o fornecimento em períodos de pico de consumo.
Por isso, a companhia propôs um plano emergencial de ação, evitando um colapso no sistema. “Para energia chegar nas nossas casas, ela passa por três etapas: geração (usinas hidrelétricas, solares, eólicas, nucleares e térmicas), transmissão (que interligam o país) e distribuição (que é onde a Energisa atua em Mato Grosso, conectando as cidades). Então, o problema estava na transmissão”, destacou o gerente de manutenção e construção da Energisa, Luciano Vogel.
Na proposta sugerida pela Energisa e aprovada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica, foram investidos R$ 4 milhões para conversão de uma linha de transmissão 230KV em linha de distribuição 138KV a ser operada pela Energisa de forma temporária para ampliar a capacidade da subestação de rede básica até a conclusão da obra definitiva pela transmissora. “Essa ligação evita que a carga passe pela subestação de transmissão que atende a zona rural de Sorriso, fazendo uma linha direta com a nossa subestação e liberando a energia necessária para atender bem a toda região”, destacou Luciano Vogel.
O projeto foi realizado respeitando todas as normas técnicas de distâncias elétricas, proteção, qualidade de energia e segurança. Todo o sistema será supervisionado, comandado e controlado de forma remota pelo Centro de Operação Integrado da Energisa. A solução foi apresentada à prefeitura de Sorriso e aos produtores rurais da região, principalmente irrigantes, que poderiam ser prejudicados, mas agora estão sendo plenamente atendidos. “Mobilizamos dezenas de colaboradores em um mutirão de trabalho para entregar a obra em 20 dias”, completou o gerente da Energisa.