Mais de 30 anos de trabalho na corporação deixaram histórias memoráveis para serem contadas pelo oficial, que falou em entrevista ao programa A Voz do Povo nesta segunda-feira (23-05).
“Gratidão por estar aqui contando um pouco da história. Tudo tem começo, meio e fim. Não sou mais o garoto que entrou na corporação. Tenho outras prioridades e tem muitos outros novos que podem trabalhar até com mais qualidade”, disse o policial.
Ele lembrou que fez muitos amigos ao longo dos 30 anos em que esteve sempre nas ruas. “Nunca trabalhei no administrativo, sempre nas ruas. E Sorriso é uma cidade que acolhe os policiais. Com certeza vou sentir saudade”.
IMoura, como é conhecido carinhosamente, lembrou na entrevista casos vários que marcaram sua carreira na PM, entre os quais, salvamento de bebês e episódios no mínimo inusitados ocorrido nos anos iniciais de sua carreira na região Noroeste do estado. Entre os casos lembrados, o de um ladrão de roupas íntimas e o caso de um casamento improvisado no cartório.
“Um dia eu estava de plantão e chegaram dois casais, um de senhores e um casal mais jovem. O senhor disse que o rapaz tinha fugido com sua filha e queria que o casamento fosse feito na Polícia. Até entendemos a situação porque não tinha cartório lá. Autoridade era mesmo a polícia. Pedi ajuda dos colegas e acabamos preparando um documento – um termo de responsabilidade para que o rapaz que tinha pego a menina assumisse toda a responsabilidade pela menina. No final, colocamos parágrafo que tinha teor até que ele procurasse o órgão oficial para fazer o casamento. Quanto a gente conta para pessoas mais jovens hoje perguntam se realmente acontecia isso”, contou ele.
O policial veio do Paraná em 1979 com sua família, direto para Tangará da Serra. “Na época falavam em café em Tangará. Diziam naquele tempo que aqui era só areia e não produzia nada, então fomos para Tangará com a família. Minha infância foi praticamente toda lá. Servi o Exército, depois voltei para Tangará e por fim entrei na Polícia”.