TJ nega soltura a acusado de matar padrasto para defender a mãe

O Tribunal de Justiça negou recurso para o réu Jeferson Almeida da Cruz, preso acusado de matar o padrasto a pauladas. O crime ocorreu em julho de 2021, em Juína (735 km a Noroeste) e o suspeito está recolhido desde então. A decisão negativa é do dia 15 de novembro.

Segundo o Tribunal de Justiça, a defesa do réu alegou que ele precisava fazer fisioterapia nas mãos, que era réu primário e pedia o relaxamento da prisão. Contudo, o relator Paulo da Cunha considerou alta periculosidade do réu e o regime fechado seria a alternativa adequada. O voto foi seguido unanimidade pelos desembargadores Marcos Machado e Orlando Perri.

O relator pontou em seu voto que a prisão deve ser mantida para assegurar a ordem pública, ante a gravidade concreta do delito. O enteado e um amigo teriam tirado a vida da vítima com diversas pauladas contra o rosto, revelando um cenário de brutalidade.

O crime ocorreu em 23/07/2021, em Juína. Os denunciados teriam atuado junto de um menor. Entre os indícios de autoria está troca de mensagens entre os suspeitos na qual o enteado teria pedido ajuda para matar o padrasto porque ele estaria ameaçando a mãe, o irmão, a irmã e o cunhado do réu.
Em relação ao argumento da defesa sobre o tratamento de saúde que o enteado necessita, o relator explica que “o paciente já está na lista de espera para retomar o tratamento necessário de fisioterapia nas mãos. Aliás, é bom frisar, que referida circunstância de se aguardar vaga para iniciar determinado tratamento médico é uma realidade vivida por toda população brasileira há muitos anos, de modo que nem mesmo a sua eventual soltura lhe garantiria que iria iniciar de imediato as sessões de fisioterapia”.

A vítima Juliano Gonçalves Leite foi achada na rua, com diversos ferimentos pelo corpo. O reconhecimento foi feito pela esposa dele, que também disse que o marido estava em liberdade condicional por ter matado uma pessoa em Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte).

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