Com a conversão da prisão temporária em preventiva, o réu seguirá detido enquanto responde à ação penal.
O empresário Gabriel Júnior Tacca continuará preso preventivamente enquanto responde à ação penal em que é acusado de ser o mandante do homicídio qualificado de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, ocorrido em março deste ano, em Sorriso. Ele e o comerciante Danilo Carlos Guimarães foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) após as investigações apontarem que o crime foi motivado por vingança.
De acordo com a apuração policial, Ivan mantinha um relacionamento extraconjugal com Sabrina Iara de Mello, esposa de Gabriel e amiga próxima da vítima. Ao descobrir a traição, o empresário teria contratado Danilo para executar Ivan dentro da própria distribuidora de bebidas, simulando uma briga para disfarçar o assassinato. Ivan foi esfaqueado no dia 21 de março e morreu em 13 de abril, após 22 dias internado na UTI.
Inicialmente, Gabriel e Danilo negaram envolvimento, alegando que se tratava de uma discussão de bar e que não conheciam a vítima. Entretanto, provas reunidas pela Polícia Civil revelaram que Ivan era amigo íntimo do empresário, frequentava sua casa em Tapurah e mantinha laços de amizade com o casal. Sabrina, inclusive, foi alvo da Operação Inimigo Íntimo, deflagrada para apurar o caso, e é investigada por fraude processual qualificada após invadir o celular de Ivan no hospital e apagar mensagens e arquivos que comprovariam o relacionamento.
Nesta segunda-feira (22), o desembargador Hélio Nishiyama, da Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), julgou prejudicado o habeas corpus impetrado pela defesa de Gabriel, que pedia a revogação da prisão temporária decretada pela 1ª Vara Criminal de Sorriso. Como a prisão havia sido convertida em preventiva antes do julgamento, o pedido perdeu o objeto e não chegou a ser analisado no mérito.