O bebê Moizes Amorin da Cruz, foi a óbito nesta terça-feira (30-04), aos 3 meses de idade, depois de enfrentar uma luta junto com sua mãe. A mãe conta que procurou ajuda pela primeira vez na Unidade de Pronto Atendimento da Zona Leste de Sorriso e de lá foi encaminhada para a UPA do Centro.
Ela conta que procurou o médico quando o bebê apresentou sintomas de gripe. Ela foi medicada e encaminhada para casa. Com a piora no quadro de saúde a mãe retornou ao médico que diagnosticou infecção na garganta. O médico receitou antiinflamatório e mãe e filho voltaram para casa.
No dia seguinte, a mãe retornou à UPA pela terceira vez. “Eu estava fazendo inalação e sorinho e do nada começou a rouquidão no peito e dificuldade para respirar. […] No UPA disseram que esse ele não melhorasse era para retornar no dia seguinte. Retornei no dia seguinte com ele pior e a doutora disse ‘Nossa mãezinha o que a senhora está fazendo aqui com esse menino de novo, frequente na UPA. Aquilo tem tanta gente doente. Eu falei o que vou fazer, vou procurar aonde. Ela passou uns exames de sangue e de urina e ele não estava urinando e não conseguiu fazer o de urina. Fez o de sangue aí falei para a outra doutora e para a enfermeira se não tinha como ver o que apareceu no exame de sangue. A enfermeira me levou para a outra doutora que passou amoxilina e outros remédios e me mandou pra casa pra tratar a infecção em casa e que se ele não melhorasse era pra eu voltar”.
Contou q1ue a noite o bebê dormiu, mas piorou de madrugada. “Aí resolvi fazer no particular. No Fátima o doutor atendeu e disse que ele tinha que ficar 7 dias internado. Hora que eu estava no UPA esperando resultados, ele virou de lado e vi um hematoma e a doutora disse que era assadura, porque ele era gordinho. No Fátima o doutor disse que era um abcesso. Ele gritava de dor”.
O médico pediu se queria encaminhamento para o Hospital Regional, mas não conseguiu. “Eles disseram que poderiam me encaminhar para a UPA e de lá encaminhar pro Regional. Lá eles deram um sorinho e me encaminharam pro regional. Tiraram Raio X no UPA e no Regional, mas ninguém falou nada. No regional vieram Pediatra e as enfermeiras. Fizeram inalação e ele deu uma melhorada, mas a doutora foi medindo a pulsação e foi parando. Eu não vi mais ele. Disseram “mãezinha ela tá tentando salvar seu filho. Depois disseram que ele teve duas paradas cardíacas’. Não quero que aconteça isso com ninguém. Viram o menino gritando de dor, porque mandaram pra casa?” questiona a mãe.
Outro lado:
A prefeitura de Sorriso emitiu, ainda na terça-feira (30), uma nota de esclarecimento sobre o caso. A nota destaca que estão sendo adotadas medidas para investigar o caso. Veja a nota em anexo.
