Na época, o delegado Eugênio Rudy, que conduziu as investigações, informou que Cleonilson confessou o crime, mas alegou legítima defesa. Ele afirmou que a vítima o atacou com uma faca por volta das 4 horas da madrugada, mas a versão não condizia com a dinâmica dos fatos. “A vítima tinha pelo menos três perfurações de arma branca, incluindo uma nas costas, o que não é compatível com a alegação de suicídio,” explicou Rudy. Cleonilson demonstrou arrependimento e chorou durante o interrogatório.
Segundo o promotor Luiz Fernando Rossi Pipino, a condenação foi justa. “Avaliamos que a Justiça foi feita. Ele matou a companheira na presença dos filhos, de maneira cruel e covarde, dificultando a defesa da vítima,” disse Pipino. Cleonilson também foi sentenciado por fraude processual por alterar a cena do crime. Ele já estava preso desde a data do crime, quando tentou fugir para Goiânia (GO), mas foi interceptado em Nobres. Ele ainda pode recorrer.
O corpo de Maria Elizangela foi sepultado em Sorriso. Ela trabalhava como auxiliar de produção, segundo a funerária São Jorge. Testemunhas do convívio diário do casal relataram que, embora separados, ainda viviam na mesma casa. Cleonilson não aceitava o término da relação, o que levou ao crime, conforme explicou o delegado.