Mato Grosso não terá novas cadeiras para deputados federais e estaduais

A redistribuição das cadeiras de deputados federais na Câmara, seja pelo censo populacional do IBGE, ou pelo aumento das cadeiras via lei aprovada, passará a valer apenas para 2030, impactando na disputa eleitoral proporcional de 2026 em Mato Grosso. A avaliação é do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB). Para ele, que já havia se posicionado contra o aumento de 513 para 531 o número de deputados federais, e que o presidente Lula (PT) havia vetado, seria preciso redistribuir as cadeiras para Mato Grosso ganhar mais um federal, e, consequentemente, mais 3 estaduais.

‘Agora acho que o Mato Grosso perde. Era importante a gente ganhar duas vagas, porque nós íamos ter mais dois votos a mais, brigando lá em Brasília, para trazer recurso, para discutir as grandes ações do Estado do Mato Grosso’, explicou. Sobre a disputa eleitoral, Russi também aponta que as estratégias das chapas mudarão para 2026.

‘Se você tivesse uma chapa de federal com 11 candidatos, agora vai ser só 9, então são dois candidatos a menos. Então se muda as estratégias’. O deputado estadual Eduardo Botelho (União) também criticou a nova decisão da Corte Suprema classificando como ‘péssima’. ‘Essa decisão é muito ruim. Tanto para quem vai disputar a eleição, mas principalmente para Mato Grosso, que deixa de ter um deputado federal a mais, ou dois a mais. E o Supremo já tinha decidido isso, agora como que fica isso? ‘Aí não vale nada a decisão anterior, e agora modifica tudo novamente’, afirmou. O deputado ainda lembra que o Estado já tem um tempo com apenas 8 deputados federais, quando já tem população suficiente para aumentar sua representatividade. ‘Perde emendas parlamentares, perde representatividade, perde tudo’.

A decisão do STF também deverá modificar a reforma no prédio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Max determinou a criação de novos gabinetes, além de um amplo auditório que seria utilizado pela comissões parlamentares. Agora, apenas o auditório será implementado e não mais novos gabinetes. Até o fechamento desta edição, eram 8 votos favoráveis para a decisão do ministro Luiz Fux, que atendeu o pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Com isso Mato Grosso permanecerá com 8 deputados estaduais e a Assembleia Legislativa (ALMT) com 24 parlamentares estaduais.

A Câmara Federal chegou a aprovar o aumento de 513 para 531 o número de deputados federais. Porém, o presidente Lula (PT). Caso o veto fosse derrubado até o dia 1º de outubro deste ano, Mato Grosso passaria a ter 10 deputados federais e 30 deputados estaduais. Caso o STF não atendesse ao pedido do Congresso, o aumento seria de um federal e 3 estaduais no Estado.

 

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