Usina de Manso gera menos de 30% da energia da capacidade instalada

A Usina Hidrelétrica de Manso, em Chapada dos Guimarães, a cerca de 100 km de Cuiabá, está produzindo menos de 30% da energia prevista na capacidade instalada.

Construída no rio Manso, principal afluente do rio Cuiabá, poderia gerar até 210 MW. Todavia, a geração média está em torno de 60 MW, o que corresponde a 28,6% da capacidade instalada.

Já o reservatório de água está atualmente com volume útil de apenas 26,82%. Isso significa uma elevação de 280,68 metros.

De acordo com Furnas Centrais Elétricas, a empresa de economia mista federal que administra Manso e outras 23 usinas no país, opera conforme despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Ou seja, produz energia de acordo com o que prevê o operador nacional, que é o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica.

Tanto no período atual, com o reservatório com volume útil de 26,82%, quanto em janeiro, quando caiu a 18,72%, não haveria prejuízo para a operação da usina dentro do que estabelece o órgão regulador, o NOS, conforme Furnas.

Sobre a mortandade de peixe ocorrida esta semana, amplamente noticiada na imprensa local, Furnas respondeu que não há qualquer relação com o volume de água no reservatório.

“FURNAS informa que não há qualquer relação entre a morte de peixes verificada em alguns pontos de tanques-rede utilizados pela piscicultura no reservatório do Aproveitamento Múltiplo de Manso e a operação da usina hidrelétrica”, diz um trecho na nota.

A empresa atribui a mortandade à variação brusca de temperatura e cita uma análise da Secretaria Estadual de Meio Ambiente(Sema). Uma análise aparente, ou seja, feita pela com base nas imagens divulgadas por pescadores.

Tal análise atribui a ocorrência da mortandade a uma aparente falta de oxigênio na superfície por troca térmica da superfície com água mais profunda.

“A empresa conduz desde a implantação do empreendimento, Monitoramento Hidrológico, da Ictiofauna, Limnológico e da Qualidade da Água, além de Manejo e Conservação da Fauna”, completa Furnas.

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