Mato Grosso é o estado com o maior Valor Bruto da Produção Agropecuária do milho no país

Nos últimos cinco anos, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do milho registrou uma valorização de 108%, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 2018, o VBP do grão foi de R$ 75,02 bilhões e para 2022 este valor está estimado em R$ 156,62 bilhões. Em comparação com 2021, a alta foi de 21%, ante os R$ 128,45 bilhões movimentados pela cadeia produtiva do milho no Brasil ano passado.

Neste contexto, a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) aponta que começa o chamado “círculo virtuoso” do etanol de milho. “Na região Centro Oeste, temos uma produção enorme e pouca demanda do cereal. Mas com a produção do etanol de milho, o produtor passou a ter um mercado garantido e uma valorização no preço estimulando investimentos no aumento da produção. Ou seja, ao mesmo tempo que as usinas de etanol de milho demandam e valorizam o preço, elas estimulam o investimento na área plantada e no aumento da produtividade”, ressalta o presidente executivo da Unem, Guilherme Nolasco.

A cadeia produtiva ganha ainda com os coprodutos gerado a partir do etanol de milho, como é caso dos DDG e DDGS, utilizados na alimentação para bovinos, suínos e aves. O mercado está em expansão com a oferta que evolui à medida que a produção base de milho aumenta. Mato Grosso, que na safra 2015/2016 produziu 110 mil toneladas de DDG, chegou a 1,11 milhão de tonelada em 20/21 e para esta safra a previsão do Imea é atingir 1,60 mi/t de DDGS, deste total, 57% abastecem o mercado doméstico e o restante vai para o mercado interestadual.

“O etanol de milho está contribuindo para agregar renda ao produtor do grão, fomentando o crescimento da cadeia e a produção de carne no Estado, de forma concreta”, afirma Nolasco.

Mato Grosso é o estado com o maior VBP do milho no país, triplicando a valorização entre os anos de 2018 e 2022. Há cinco anos, o VBP era de R$ 14,55 bilhões. Considerando os preços médios de janeiro deste ano, o VBP está em R$ 43,74 bilhões. A alta mais significativa foi registrada a partir de 2020, depois de uma queda de cerca de R$ 4 bilhões entre 2015 e 2018.

Para o presidente da Unem, o desempenho de Mato Grosso bem acima do segundo colocado no ranking – o Paraná que este ano tem um VBP de R$ 26,7 bilhões – é o reflexo direto dos investimentos do produtor no aumento da área plantada de milho segunda safra e da produtividade.

Com a previsibilidade de mercado e preço, os investimentos se tornam mais atrativos. “A expansão da produção de etanol de milho em estados do sul e do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) trará mais segurança e renda para o produtor de milho destas regiões e consequentemente estímulo à produção” afirma Nolasco. A produção de etanol de milho no país passou de 0,52 milhões de metros cúbico (m³) na safra 2017/2018 para 2,65 milhões m³ na safra 2020/2021, sendo que 82% dessa produção em Mato Grosso

Veja também

Quase 850 mil pessoas foram afetadas por chuvas no Rio Grande do Sul

Onda de calor se estende até sábado (04) e deve atingir 45 municípios de Mato Grosso

Clube Amigos da Terra avança no projeto de revitalização de nascentes do Rio Lira em Sorriso

Justiça determina limpeza de ferro-velho em Ipiranga do Norte para combate ao Aedes aegypti

MT avança na gestão apropriada de resíduos sólidos, aponta relatório da Sema

PRF de Sorriso apreende grande quantidade de madeira irregular em Guarantã do Norte