A proximidade do período de chuvas traz uma preocupação constante: o Aedes aegypti, um inseto pequeno, mas capaz de causar grandes estragos, sendo o vetor das enfermidades como a dengue, Zika vírus e Chikungunya. A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Claudete Damasceno, alerta que é hora de redobrar os cuidados, uma rotina que não pode ser negligenciada, mesmo em épocas de seca.
Segundo um relatório da equipe de Vigilância em Saúde Ambiental, desde o início do ano até o momento, foram registrados 251 casos de dengue na região. Além disso, dois casos de Zika, um em março e outro em abril, e quatro de Chikungunya, sendo dois em fevereiro, um em março e um em abril, também foram registrados.
Atualmente, o local com o maior índice larvário é o Projeto Casulo, que registrou um índice de 7,44% no último relatório de acompanhamento. Em seguida, o Assentamento Jonas Pinheiro apresenta um índice de 6,22%, seguido pelo Industrial Leonel Bedin, com 3,97%. Todos esses locais são considerados zonas de risco. O bairro São Francisco, com 3,07%, e o bairro Jardim Liberdade, com 2,68%, estão em situação de alerta.
Para promover a transparência e enfatizar a necessidade de cuidados contínuos, o município implementou um boletim quinzenal com dados sobre a dengue. O primeiro boletim foi publicado em 18 de setembro e contém informações como o número de casos positivos e os locais com maior índice de infestação larvária.
Apesar dos mais de 250 casos registrados, o número geral está abaixo do registrado em 2022, quando, somente de janeiro a julho, foram confirmados 2.196 casos. Em comparação específica com o primeiro semestre de 2023, que somou 223 registros, houve uma queda de 89,84% em relação ao primeiro semestre de 2022. Durante todo o ano de 2022, foram confirmados 2.296 casos de dengue. No mesmo período, de 1.º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022, houve apenas um caso de Zika e nenhum registro de Chikungunya.
Claudete enfatiza que, embora os números da dengue estejam menores, a vigilância e as ações de conscientização nas escolas continuam intensas. As crianças aprendem sobre os cuidados e muitas vezes incentivam a adoção dessas práticas em casa.
Em condições ambientais favoráveis, o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, desde a eclosão do ovo até a forma adulta, pode levar apenas 10 dias. Atualmente, 44 agentes de combate a endemias atuam diretamente no campo, mas a população também é instada a fazer sua parte, verificando recipientes, calhas, plantas e cisternas pelo menos uma vez por semana.
A Prefeitura oferece serviços de coleta de resíduos sólidos, recolhendo móveis e eletrodomésticos velhos e inservíveis, bem como resíduos de jardinagem, como folhas e restos vegetais que podem servir como criadouro de insetos e animais peçonhentos.
Claudete finaliza lembrando a importância de cuidar constantemente do ambiente e não descartar lixo a céu aberto, pois isso pode obstruir bueiros e servir como criadouro para diversos mosquitos e animais peçonhentos. A prevenção é a chave para combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e manter a comunidade segura durante o período de chuvas.