Duas mil toneladas de lixo orgânico são produzidas pela população sorrisense todos os meses. Daí a importância de se avançar nos programas de reciclagem e destinação correta do lixo. “Quando o lixão enche, ele é fechado e abre-se outro. Vale a pergunta: em mais de 30 anos de Sorriso, qual o tamanho do impacto junto ao meio ambiente?”
A pergunta foi feita por Diogo Martins, coordenador do programa Eco Sorriso e também coordenador do Aterro e Depósito Municipal de Entulhos e Galhadas. Ele falou em entrevista ao programa A Voz do Povo nesta terça-feira (24-05).
Ele explicou que em Sorriso hoje há uma divisão concentrada entre coleta do lixo seco (os chamados entulhos para os quais a equipe faz um rodízio na cidade coletando a cada dois meses); o lixo comum (lixo orgânico, coletado três vezes por semana) e coleta seletiva (hoje atendendo pouco mais de 30% da cidade).
Segundo Diogo, o objetivo é garantir que o cidadão possa destinar corretamente seu resíduo. “Temos a política nacional de resíduos sólidos. Inclusive o novo marco legal do saneamento regulamentado em fevereiro nos leva a cumprir estes prazos. Estamos avançando e o Eco Sorriso vem constituindo estas políticas”, disse.
Ele lembrou que o atualmente chamado depósito de galhadas antigamente era um ‘lixão’. Hoje é proibido levar para lá materiais orgânicos, contaminantes ou eletrônicos. “São materiais que podem ajudar na contaminação daquela área e pode contaminar o lençol freático. Aquele espaço recebe entulhos, galhadas, poda de árvores, gramas e até material reciclável. Temos famílias lá que fazem esta triagem e reciclar ferro, ou ferragens até”, explica.
Sobre denúncia de caminhões muito carregados que passam deixando para trás resíduos do que é levado aos depósitos, Diogo disse que quando são veículos da prefeitura, a equipe está orientada para recolher. “Quando cai a equipe deve parar e coletar, mantendo a estrada limpa”.
Reciclagem
Diogo destacou que o município pretende avançar neste ano na coleta de recicláveis. “Voltamos agora a expandir os bairros e queremos incluir 100% este ano. Um dos motivos que demanda tempo é que fazemos um trabalho bastante robusto de educação ambiental”, explicou o coordenador. Quem passa a participar do programa de reciclagem ganha sacos de ráfia para a destinação deste lixo.
Onde reciclar
Quem mora em regiões não atendidas ainda pela coleta seletiva, pode reciclar seu lixo e fazer a entrega nos eco pontos. “Temos cinco hoje: na Vila Romana, atrás do novo centro de Hemodiálise – em forma de contêiner; no Jardim Primavera no CEMEIS, um na Escola flor do amanhã no bairro Boa Esperança, um na zona leste praça Nova Integração, uma estação de sustentabilidade na Prefeitura e estamos expandindo a coleta seletiva: 4ª feira começa no Jardim Califórnia, dia 28 Juscelino Kubitschek dia 4 no Jardim América e Santa Monica”, explica Diogo.
Lixeiras
Segundo ele, as lixeiras públicas deverão ser substituídas em breve e também deve ocorrer a implantação de mais eco pontos.