Calor extremo causa apagão em Mato Grosso e desafia concessionária de Energia

O estado de Mato Grosso tem enfrentado uma crise energética preocupante nas últimas semanas devido ao calor extremo. As temperaturas recordes registradas na região levaram os mato-grossenses a buscar maneiras desesperadas de se refrescar em suas casas, resultando em uma demanda sem precedentes por energia elétrica.Essa busca por alívio térmico acabou causando sobrecarga na rede elétrica e, como resultado, um apagão afetou várias cidades na noite de segunda-feira (25) e durante a madrugada de terça-feira (26).

A capital, Cuiabá, registrou a impressionante marca de 43 graus Celsius, impulsionando o consumo de energia a níveis críticos nesta terça-feira. A sobrecarga na rede elétrica foi tão significativa que 21 transformadores deixaram de funcionar, resultando em interrupções de energia em oito municípios, incluindo Cuiabá e Várzea Grande, as duas maiores cidades da região, bem como Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Alta Floresta.

O fornecimento de energia foi restaurado gradualmente, mas a situação continua preocupante, pois a alta demanda por energia pode resultar em novos apagões no final de setembro e início de outubro. Em resposta a essa crise energética, a empresa Energisa formou um comitê de crise para abordar o problema.

José Nelson Quadrado Júnior, gerente de operações da Energisa, destacou: “Já está claro que em setembro e outubro de 2023 nós vamos ter novos recordes de demanda por energia. E isso está diretamente ligado às altas temperaturas. Em junho nós montamos um comitê de crise por conta do El Niño e temos alertado a sociedade sobre esse fenômeno. Aqui dentro estamos fazendo reuniões diárias de crise para mapear pontos sensíveis de abastecimento no estado’’.

Essa série de eventos extremos relacionados ao clima, incluindo altas temperaturas e secas, tem impactado significativamente o consumo de energia e a infraestrutura que a fornece às residências e empresas em Mato Grosso. Em agosto, o estado atingiu a maior carga de energia já medida em 23 anos, alcançando o pico de 2,2 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano. A Energisa está implementando um plano de ação para lidar com os efeitos do fenômeno El Niño, que tem desempenhado um papel importante nesse clima extremo.

A empresa também está intensificando os esforços para substituir os transformadores de distribuição, que têm sido afetados pelo calor. Desde agosto, 180 desses equipamentos foram substituídos, um aumento de 74% em relação ao mesmo período do ano anterior. As altas temperaturas, principalmente em Cuiabá, têm sido a principal causa desse problema. Equipes estão trabalhando incansavelmente, 24 horas por dia, sete dias por semana, para realizar essa substituição e garantir a estabilidade da rede elétrica.

Apesar dos desafios sem precedentes, a Energisa reforça seu compromisso em manter o fornecimento de energia e continua investindo em melhorias na infraestrutura para enfrentar essas condições climáticas extremas.

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