Para isso, os produtores sorrisenses cadastrados junto à Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente já investem em um modelo de produção integrando a cultura do frango em aviários com espaços abertos.

Segundo o secretário-adjunto da SAMA, Márcio Kuhn, “hoje temos três linhas de produção final disponível ao consumidor: o frango de 70 a 120 dias criado a pasto, sem o uso de promotores de crescimento na ração; também sem o uso de medicação preventiva, apenas curativa, que é classificado como frango caipira; a galinha de postura que após fechar o ciclo é classificada como galinha congelada e o frango que não se enquadra em nenhum desses rótulos, classificado como frango de fazenda”, explica Kuhn. “Tudo isso requer muito trabalho, empenho por parte dos agricultores e da equipe técnica”, completa.

Márcio lembra ainda que a assistência disponível desde o início da cadeia produtiva, continua no momento do abate. Desde maio de 2020 os produtores contam com um local apropriado para o abate e conservação dos produtos. Trata-se do Abatedouro Municipal de Aves.

Desde o início das atividades, já foram abatidos no espaço mais de 60 mil aves, o que equivale a mais de 91 toneladas de carne. Hoje, são abatidos cerca de 200 frangos/dia. Contudo o local tem capacidade para abater de 300 a 400 frangos/dia. Toda a produção está sendo comercializada pelos produtores nas feiras livres municipais, supermercados e também direto com o cliente.

Todo o processo de abate é supervisionado pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e realizado dentro dos parâmetros exigidos pelos órgãos de vigilância sanitária ”, pontua o veterinário responsável pelo Abatedouro Municipal de Aves, Willians Ranulf Azevedo da Costa. “O acompanhamento é realizado por equipe técnica especializada, coordenado por três veterinários que acompanham o abate em tempo integral”, ressalta.  Todo o serviço realizado no Abatedouro é ofertado gratuitamente aos produtores. “Produtores que queiram integrar o projeto e ofertar aos seus clientes um produto com qualidade cada vez maior, é só nos procurar”, frisa o veterinário.

O secretário-adjunto, Márcio Kuhn, salienta que além da assistência técnica na propriedade e o acompanhamento no Abatedouro, os agricultores cadastrados na SAMA recebem apoio para a construção de aviários. “Somente em 2020 subsidiamos a construção de 60 aviários”, frisa. De acordo com o secretário, o programa conta com 140 produtores cadastrados; desses, 20 famílias já estão comercializando no mercado o produto final.

Márcio destaca que o Abatedouro também conta com o selo do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar e de Pequeno Porte (SUSAF). Para isso, após a desão ao SIM, o Município solicitou o credenciamento do Abatedouro de Aves junto à Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF) que credenciou ao Sistema. “Integrar o SUSAF é um passo além. Isso possibilita que o Abatedouro Municipal possa atender a demanda e também ofertar os produtos processados tanto para o comércio local quanto regional”, salienta o gestor.

O Abatedouro

O Abatedouro também integra o Programa de Incentivo à Avicultura desenvolvido pela Prefeitura por meio da SAMA. A estrutura está localizada às margens do BR-163, no local que abrigava a antiga farinheira e que foi reformado e ampliado. O gestor lembra ainda que a Administração Municipal continua cadastrando novos produtores rurais no programa. Os interessados devem procurar a Sama, na Rua Cândido Rondon, em frente à Praça Antenor Balbinot, das 7 às 13 horas ou entrar em contato pelo telefone 3545-4729.