Com a paralisação de pilotos, copilotos e comissários de bordo no país nesta segunda-feira (19), o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, registrou atraso de alguns voos. No entanto, as companhias aéreas afirmam que não houve maiores impactos nem cancelamentos de voos no estado.
A paralisação foi feita nesta manhã em todo o país. Os aeronautas pedem melhores condições de trabalho e reajuste de salário acima da inflação.
Segundo a Gol, durante o período da paralisação dos aeronautas, que aconteceu entre 6h e 8h, todos os voos previstos foram operados e apenas alguns sofreram atrasos. “Todos os esforços estão sendo empregados em tratar as contingências com nossos clientes, minimizando muito os impactos”, disse, por meio de nota.
A Companhia orienta que os clientes acompanhem o status dos seus voos pelo site.
A greve dos aeronautas foi convocada na quinta-feira (15) e os profissionais decidiram que irão cruzar os braços sempre por duas horas, das 6h às 8h. O protesto pode se repetir por prazo indeterminado.
A Latam informou que a operação encontra-se normal, tendo tido apenas alguns impactos pontuais em alguns voos com saída na manhã desta segunda, no entanto nenhum com destino a Cuiabá. A empresa também pede para que os passageiros verifiquem o status do seu voo no site.
“Os passageiros com voos afetados pela greve poderão remarcar gratuitamente seus voos ou, em caso de desistência, solicitar o reembolso de seus bilhetes. Em paralelo, passageiros afetados por atrasos receberão todas assistência prevista pela legislação em vigor”, afirmou a companhia.
A Latam também afirmou que está em negociação com o Sindicato Nacional dos Aeronautas desde o início de setembro para construção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e aguarda convocação de assembleia pelo sindicato para votação pelos tripulantes da Latam.
A Asta Linhas Aéreas, que também atua no Aeroporto Marechal Rondon, afirmou que não houve nenhum impacto e que segue operando normalmente.
Já a Azul Linhas Aéreas não quis comentar sobre o assunto.
Sobre a greve
A categoria afirma que o preço das passagens aéreas estão gerando altos lucros para as companhias, mas os profissionais estão ficando para trás. Eles também acrescentam que continuaram trabalhando normalmente durante a pandemia da Covid-19, mesmo com reduções nos salários.
Os aeronautas pedem a recomposição das perdas inflacionárias no salário; melhores condições de trabalho; renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT); definição dos horários de início de folgas e cumprimento dos limites de jornada em solo entre etapas de voos.
Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), a última proposta pedia reajuste de 100% do INPC no salário, diárias nacionais, seguro de vida e vale alimentação, além de garantir a data base 01/12 e todas as cláusulas financeiras e sociais da convenção coletiva enquanto as negociações estivessem em curso. No entanto, a proposta fo reprovada em assembleia e não foi recebida nenhuma contraproposta do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).