Hospital Regional de Sorriso é notificado por Conselho de Enfermagem e Sindicato de Servidores

O Hospital Regional de Sorriso foi notificado nesta semana pelo Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) e pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma-MT) devido às condições de trabalho e estrutura do local.

Durante a vistoria realizada nesta semana, o Coren-MT fiscalizou questões relativas ao exercício profissional na enfermagem, enquanto o Sindicato avaliou as condições de trabalho e estruturais do hospital. Nos dois casos, foram encontradas irregularidades, segundo as equipes.

O relatório apontou que o Hospital Regional possui 150 leitos e apenas 46 enfermeiros e 123 técnicos para prestar assistência aos pacientes de alta complexidade de trauma, pediatria e materno infantil de 17 municípios da região. Em alguns setores, não havia enfermeiro responsável, e a quantidade de técnicos era insuficiente diante da quantidade de pessoas internadas.

O Sisma/MT apontou que a carga horária dos profissionais não estava sendo cumprida de acordo com o contrato e que não há pagamento de horas extras. Os profissionais compensam o excedente trabalhado com banco de horas. Em relação à estrutura, segundo o sindicato, foram encontrados vazamentos, goteiras e rachaduras no prédio, inclusive no centro cirúrgico.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) informou que o Hospital Regional de Sorriso ainda não foi oficialmente notificado e que a direção da unidade acompanhou a visita das equipes do Coren-MT, do Sisma-MT e da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e registrou os apontamentos feitos. A SES ainda esclareceu que o hospital passa por constante modernização e que houve um processo seletivo em fevereiro de 2023 para novos profissionais de enfermagem assumirem os postos de trabalho no próximo dia 10 de abril.

O hospital tem sido notificado pelo Coren-MT desde 2021 por causa do subdimensionamento que tem provocado excesso de carga horária dos trabalhadores para prestar o cuidado aos pacientes internados. Há ainda uma ação civil pública em andamento que foi apresentada à Justiça, mas os problemas apontados não foram resolvidos.

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