Na última terça-feira (21), um bar no bairro Jardim Lisboa em Sinop, Mato Grosso, foi palco de uma das cenas mais violentas da cidade. Sete pessoas foram assassinadas à queima roupa, em um provável acerto de contas envolvendo jogo de sinuca com aposta em dinheiro.
Quarta à tarde, um dos envolvidos na chacina, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morreu em confronto com a polícia. Já ontem, a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos decretou a prisão temporária de Edgar Ricardo de Oliveira, outro envolvido na ação criminosa. A magistrada também determinou a transferência do preso para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
A medida, segundo a juíza, leva em consideração a repercussão nacional do fato, bem como a necessidade de resguardar a segurança e integridade física do autuado. Rosângela determinou que, até a transferência, Edgar deve ser mantido em cela condizente com a condição de preso temporária e com a sua segurança resguardada.
O suspeito se entregou ontem pela manhã à Polícia Civil. A equipe policial foi até a residência onde ele estava, na rua Projetada R no bairro Jardim Califórnia e cumpriu o mandado de prisão expedido pelo judiciário.
Em depoimento, Edgar respondeu apenas questões chamadas “qualificatórias”, como endereço e ocupação, permanecendo em silêncio sobre os assassinatos. A prisão temporária terá validade de 30 dias, tempo que a Polícia Civil deverá utilizar para concluir e encaminhar o inquérito para o Ministério Público. Após esse prazo, a Justiça irá reavaliar a situação de Edgar, com base nos pedidos feitos após a conclusão do inquérito e possível denúncia do Ministério Público.
O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Bráulio Junqueira, detalhou sobre a prisão. “O advogado entrou em contato e se prontificou a apresentar o Edgar. Conversamos e alinhamos a melhor estratégia, fez algumas exigências, entre elas a presença da imprensa e que ele estivesse junto com a equipe dele, para garantir a integridade. Nós deslocamos até o local indicado por ele e efetuamos a prisão”.
“Ele apresentou a versão dele em off para gente, mas vai responder por sete homicídios e todos eles qualificados. O mais importante é que o caso está resolvido, os autores estão identificados, um veio a óbito ontem em troca de tiros com a Polícia Militar e o Edgar agora se apresentou. O trabalho da Polícia Civil está encerrado nesse caso”, explicou.
Braúlio reforçou que ambos os acusados possuem passagens criminais.