Lucas do Rio Verde

Líder religioso é preso em Lucas do Rio Verde por abusos sexuais durante tratamentos espirituais; vítimas se manifestam

A Polícia Civil, por meio do Núcleo de Defesa de Atendimento à Criança, Adolescente, Idoso e Mulher da Delegacia de Lucas do Rio Verde, realizou na quarta-feira, 2 de agosto, o cumprimento de um mandado de prisão preventiva contra um líder religioso, de 63 anos, investigado por abusos sexuais e atos libidinosos praticados durante supostos tratamentos espirituais das vítimas. O mandado de prisão foi decretado pela Justiça com base nas investigações da Polícia Civil, que apontam para os crimes de estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e importunação sexual.

As denúncias contra o líder religioso foram feitas por três vítimas, sendo que a primeira ocorrência foi registrada em 2020, e o inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário. Em junho e julho deste ano, outras duas vítimas se apresentaram na delegacia para denunciar abusos sofridos pelo mesmo líder religioso.

Um dos casos investigados é tratado como estupro de vulnerável, pois o suspeito teria mantido relações sexuais com a vítima após a ingestão de um chá que a deixou desacordada. Nas outras duas situações, as vítimas foram submetidas a atos libidinosos (toques) pelo suspeito, alegadamente com o intuito de renovação de energias.

As investigações revelaram que o líder religioso utilizava de manipulação psicológica das vítimas, alegando a necessidade de rituais para cura espiritual, para praticar os abusos durante os atendimentos espirituais. Além disso, relatos em redes sociais apontaram para outras vítimas do suspeito em diferentes cidades do estado, além de Lucas do Rio Verde.

Com base nessas informações, a Polícia Civil representou pelo mandado de prisão preventiva do suspeito, que foi deferida pela Justiça e cumprida na quarta-feira (02), no centro religioso onde o líder atuava em Lucas do Rio Verde.

Após a prisão do líder religioso, mais duas vítimas procuraram a delegacia para denunciar os abusos sofridos por ele. A delegada Ana Caroline Lacerda enfatizou que a divulgação da atuação do suspeito pode encorajar outras vítimas a denunciarem os abusos, uma vez que os casos podem ter ocorrido em outras cidades do estado também.

A Polícia Civil continua investigando o caso e trabalhando para garantir que todas as vítimas recebam o devido apoio e justiça seja feita diante desses graves crimes de abuso sexual e violação dos direitos humanos.

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