Um esquema de fraude de azeite no município de Cravinhos, região nordeste do estado de São Paulo, foi desarticulado na última quinta-feira (12).
Na ação, foram apreendidos quase 10 mil litros de óleo composto, mais de 15 mil garrafas, dezenas de bobinas de rótulos e cerca de 1.500 litros de essência e corante do produto, além de três notebooks.
A operação, nomeada Getsêmani II, foi realizada em conjunto com a Polícia Civil dos Estados de São Paulo e Espírito Santo, além das Vigilâncias Sanitárias paulista e de Cravinhos, onde um estabelecimento foi interditado cauterlamente. A suspeita é de adulteração do azeite extravirgem com a mistura de óleo composto.
Os responsáveis pela fraude e pelas infrações administrativas foram conduzidos à delegacia local para os devidos procedimentos legais. Além de estarem sujeitos às penalidades de multa, poderão responder por crimes contra as relações de consumo, contra a saúde pública e, ainda, por contrafação.
Análise do produto falsificado
Os auditores fiscais federais agropecuários e técnicos de fiscalização federal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foram os responsáveis por colher as amostras apreendidas para realização de análises laboratoriais e avaliação de identidade e qualidade dos produtos.
“Essa operação reforça o papel essencial dos auditores fiscais federais agropecuários na análise e fiscalização de produtos que chegam à mesa do consumidor. Nosso trabalho é garantir a segurança e a qualidade dos alimentos, protegendo a credibilidade do setor agropecuário brasileiro”, destacou o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Janus Pablo Macedo.
Como identificar azeite adulterado?
Há três principais dicas que podem ajudar o consumidor a identificar produtos adulterados, conforme a Anffa Sindical:
- Desconfiar de preços muito abaixo da média do mercado;
- Conferir se há informações claras sobre a origem do azeite;
- Observar a consistência, coloração e odor do produto.
- Casos suspeitos de fraudes podem e devem ser denunciados na Ouvidoria do Ministério da Agricultura e Pecuária. O sigilo das informações é garantido e cada denúncia contribui para a proteção da saúde pública e o fortalecimento do mercado de produtos alimentícios seguros no Brasil.