Mato-grossense que armou bomba próximo a aeroporto de Brasília é condenado a cinco anos de prisão

O Tribunal de Justiça de Brasília condenou o mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues, de 32 anos, à pena de cinco anos e quatro meses em regime inicial fechado por colocar uma bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal.

Além de Alan,  George Washington de Oliveira Sousa também recebeu a mesma sentença. O julgamento aconteceu na quinta-feira (11) e foi comandado pelo juiz Osvaldo Tovani.

Ambos foram condenados por expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro, mediante colocação de dinamite ou de substância de efeitos análogos em um caminhão-tanque carregado de combustível, bem como causar incêndio em combustível ou inflamável (art. 251, “caput”, e § 2º, c/c art. 250, § 1º, II, “f”, ambos do Código Penal).

Além disso, George ainda foi condenado por porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo ou incendiário (art. 16, “caput”, e § 1º, III, da Lei n. 10.826/2003).

“O acusado e o corréu se conheceram em Brasília/DF, no acampamento montado em frente ao QG do Exército. Ao que consta, as emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido do corréu, o qual, após a montagem, entregou o artefato explosivo para o acusado, que, por sua vez, se encarregou de tarefa importante (colocação do artefato no local escolhido).”, diz trecho da sentença.

Ainda no documento consta que o magistrado manteve a prisão preventiva de ambos os acusados haja vista que as circunstâncias dos fatos indicam periculosidade concreta.

Entenda o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, se encontraram durante as manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais, em frente ao Quartel General do Exército em Brasília-DF, oportunidade em que decidiram se unir para praticar delitos.

O objetivo dos denunciados, segundo o MPDFT, era cometer infrações penais que pudessem causar comoção social a fim de que houvesse intervenção militar e decretação de Estado de Sítio.

Para tanto, George transportou, no dia 12/11/2022, em um automóvel, da sua cidade natal no Pará até Brasília/DF, diversas armas de fogo, acessórios e munições com o propósito de distribuir os armamentos a indivíduos dispostos a usá-los no cumprimento de seu intuito, garantir distúrbios sociais e evitar a propagação do que ele denomina como comunismo.

Na viagem, George ainda trouxe dinamites. Já em Brasília/DF, em frente ao Quartel General, em 23/12/2022, George, Alan e Wellington e outros manifestantes não identificados elaboraram o plano de utilização de artefato explosivo para detonação em lugares públicos.

Em seguida, em comunhão de esforços, George montou e entregou o artefato explosivo a Alan, que, por sua vez, repassou-o a Wellington para o cumprimento da ação delitiva. Assim, este último e outro indivíduo não identificado, deslocaram-se até o Aeroporto de Brasília e colocaram a bomba no eixo traseiro de um caminhão-tanque que estava estacionado aguardando o momento de se aproximar da base aérea para ser desabastecido.

O caminhão estava carregado de querosene de aviação e tinha capacidade para 60 mil litros. Antes, porém, que a bomba pudesse explodir, o motorista do caminhão-tanque percebeu a presença do artefato explosivo, retirou-o de perto do veículo e acionou a polícia.

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