Morre em acidente condenado por tentar matar enteada enforcada em Sorriso

Marcos Medina Dornas, 28 anos, condenado pela tentativa de assassinato da enteada A.M.S.F., morreu nessa terça (13) no Hospital Regional de Sorriso. Ele estava internado desde domingo, quando sofreu um grave acidente na região do bairro São Francisco. Ele colidiu a motocicleta que pilotava em um poste.

De acordo com registro em boletim de ocorrência a moto partiu ao meio com a força do impacto.

Marcos foi encaminhado em estado grave ao Hospital Regional, e ontem, não mais resistindo aos ferimentos, veio a óbito.

Marcos havia sido condenado porque em agosto de 2017, no bairro Bela Vista em Sorriso tentou matar a enteada. De acordo Meire com informações da denuncia do Ministério Publico Estadual (MPE), Marcos e a mãe adotiva da menina, Pereira Santos Melo “conscientes e dolosamente agindo com manifesto animus necandi, por motivo fútil, dificultando a defesa da vítima e com emprego de asfixia, utilizando-se de um pedaço de fio, tentaram matar a enteada, não consumando o ato por circunstâncias alheias à vontade dos agentes”.

No dia dos fatos, Meire ordenou que a criança realizasse o trabalho doméstico, ameaçando puní-la severamente com castigos físicos e mentais caso não o fizesse. Quando finalizou a tarefa, a menina passou a procurar um filme para assistir, o que foi motivo de briga com o padrasto. Assim, ele pegou um cabo de ventilador e começou a enforcá-la na presença da mãe.

Nas investigações foi apurado que Meire “permaneceu inerte, cantando hinos evangélicos, até o momento em que a filha desfaleceu, completamente sem ar”. Após o crime, Meire deu banho na criança e a colocou em sua cama enquanto o marido foi até a igreja buscar um pastor sob o argumento de que a menina estaria possuída.

Ao chegar no local, o pastor viu a lesão no pescoço da vítima, percebeu o seu estado grave de saúde e verificou que não se tratava de possessão demoníaca, razão pela qual atuou no sentido de que fosse acionado o Corpo de Bombeiros, responsável pelo resgate e por salvar a vida da menina.

Depois de terem tentado matar a vítima asfixiada, Meire e Marcos alteraram a cena do crime para simular uma tentativa frustrada de suicídio por parte da menina. A pena de Marcos Dornas passou de 13 para 12 anos de reclusão e a de Meire Maria Melo foi de 14 anos e dois meses para 12 anos e oito meses de prisão.

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