Motorista de aplicativo é denunciado por obrigar passageira lhe masturbar em MT

A jovem Raquel Cristina denunciou em suas redes sociais, na madrugada desta terça-feira (23), ter sido vítima de abuso sexual praticado por um motorista de aplicativo durante uma corrida que foi iniciada no bairro Jardim Industriário, em Cuiabá. Vídeos e depoimentos publicados no stories do Instagram da jovem relatam que, além de ter sido obrigada a masturbar o acusado, ela teria sido obrigada a pular do carro em movimento.

A vítima expôs diversas fotos e nome do acusado, Wellington Sampaio, e recebeu várias outras denúncias de possíveis vítimas do agressor. Segundo relato, a vítima e uma amiga embarcaram por volta das 2h13 no bairro Jardim Industriário.

Quando perceberam que o motorista estava fazendo um caminho diferente, ela pediu para que fosse levada pelo local indicado pelo aplicativo. Todavia, o condutor não atendeu o seu pedido.

“Como estava eu e outra amiga, não achei perigoso né, o motorista chegou às 02h13 e iniciamos a corrida. Eu pedi para ele ir pela Avenida das Torres, que era o certo a se fazer para desembarcar mais rápido no meu destino e ele simplesmente ignorou meu pedido e continuou indo”, contou Raquel.

Ao perceber as más intenções do motorista de aplicativo, as vítimas começaram a pedir para que ele parasse. No entanto, ele passou a acelerar ainda mais o veículo.

Nas proximidades do Posto São Mateus, o suspeito parou e a amiga de Raquel rapidamente desceu do veículo. Quando ela tentou desembarcar, o motorista acelerou o carro, mesmo com as portas traseiras abertas.

A vítima disse que o homem a mandou pular do carro se quisesse descer porque ele não ia parar acelerando o veículo cada vez mais. “Ele acelerou e pediu a todo o momento para eu pular, que não ia parar de jeito nenhum pra eu descer, ele estava em alta velocidade e queria que eu pulasse”, relatou a jovem.

Ainda conforme a vítima, na sequência, o homem parou o veículo e passou para o banco de trás, mandando que ela o masturbasse. O homem ainda pegou um preservativo sexual e colocou o órgão dele.

“E eu chorando desesperada, ele pulou para o banco de trás e me forçou a masturbar ele e em seguida tirou uma camisinha do bolso e na hora eu percebi que ele tinha costume de fazer isso com outras mulheres, depois de uns 5 minutos e ele me forçando ao ato, depois de uns 5 minutos, minha amiga chegou com a outra amiga e o marido dela, a que estávamos na casa dela”.

Raquel foi ajudada pelos amigos e o suspeito conseguiu fugir. A Polícia Militar foi acionada, realizou rondas, mas o suspeito não foi encontrado.

O caso foi registrado na delegacia de Defesa da Mulher e será investigado pela Polícia Civil.

OUTRO LADO

Já o acusado negou todas as acusações feitas pela jovem e ainda disse que havia buscado as moças em um prostÍbulo. Wellyngton relatou uma versão totalmente contraria da vítima.

Segundo ele, após as duas mulheres terem embarcado no carro, houve um desentendimento sobre a rota que ele estava seguindo. O motorista disse que apenas seguiu o caminho indicado pelo aplicativo, quando a mulher pediu que ele mudasse a rota. Ele não aceitou e a deixou irritada.

Segundo o motorista de aplicativo, após breve discussão com as duas mulheres, elas resolveram que cancelariam a corrida e pediu que ele parasse. Quando ele parou o veículo, a amiga de Raquel desceu do carro e saiu correndo. Ela continuou no carro tentando um acordo sobre o valor da corrida. Ele contou que Raquel disse que não tinha dinheiro. Ele ligou o carro e continuou a viagem, enquanto ambos discutiam sobre o valor.

Em determinado momento, o homem disse que de fato, no momento da discussão disse que não ia parar o carro enquanto não recebesse o dinheiro. Ainda conforme o motorista, quando decidiu parar o carro para que a passageira descesse, ela passou a se “insinuar”.

Segundo ele, a passageira confirmou que não tinha dinheiro, mas que pagaria de outra forma. Ele alegou que não aceitou a proposta. “Logo um carro se aproximou, a amiga de Raquel desceu e chamou por ela, que entrou no veículo e foi embora”, disse o motorista.

Wellyngton disse que já procurou a delegacia de Polícia Civil para registrar sua versão dos fatos. Disse ainda que, através do aplicativo, que a todo o momento é monitorado e rastreado, pretende provar seu relato e o caminho que percorreu.

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