Lucas do Rio Verde

Novas vítimas de abuso por líder religioso em Lucas do Rio Verde reveladas após prisão

Após a recente prisão de um líder religioso sob suspeita de abuso sexual, um número alarmante de quatro novas vítimas emergiram na cidade de Lucas do Rio Verde. O líder, detido pela Polícia Civil na última quarta-feira (02.08) através do Núcleo de Atendimento à Criança, Adolescente, Idoso e Mulher da Delegacia local, agora enfrenta uma crescente lista de denúncias.

A audiência de custódia ocorreu na quinta-feira (03), com a Justiça mantendo a prisão preventiva do suspeito. Até o momento, nove mulheres se apresentaram como vítimas dos abusos perpetrados por ele. O líder religioso, durante seu interrogatório, negou todas as alegações, apresentando sua própria versão dos fatos. Ele admitiu realizar atendimentos espirituais em várias cidades, incluindo Lucas do Rio Verde, Sinop e Alta Floresta.

A delegada responsável pelo caso, Ana Carolinne Mortoza Terra, antecipa que à medida que as investigações progridem, novas denúncias podem surgir em outras cidades. As investigações foram iniciadas após três vítimas em Lucas do Rio Verde denunciarem os abusos, sendo a primeira denúncia registrada em 2020 e as duas subsequentes nos meses de junho e julho de 2023. Além disso, mais duas vítimas foram identificadas na cidade de Sinop.

As evidências apontam que o suspeito operava por meio de manipulação psicológica, usando argumentos de conexão espiritual e troca energética. Ele falsamente convencia as vítimas de que um ritual espiritual era necessário para receber uma cura espiritual. Essas convicções levavam as vítimas a permitirem toques corporais, que posteriormente se transformavam em atos libidinosos. Em um caso, o abuso culminou em ato sexual, supostamente após a ingestão de um chá.

A delegada Ana Carolinne destaca que todas as vítimas identificadas até o momento são mulheres, muitas delas em momentos de fragilidade. O suspeito, aparentemente, aproveitava essas circunstâncias para manipulá-las. Algumas vítimas relataram ter sido abusadas desde o primeiro atendimento, enquanto outras frequentavam o centro religioso por um período prolongado, desenvolvendo uma dependência emocional tanto do tratamento quanto das substâncias utilizadas pelo suspeito.

Ana Carolinne ressalta a complexidade do caso e a necessidade de ampla divulgação para alcançar possíveis outras vítimas. Ela exorta qualquer pessoa que tenha passado por uma situação semelhante ou que tenha sido de alguma forma vítima desse líder espiritual a procurar a Polícia Civil para denunciar os fatos.

As autoridades continuam a investigar o caso

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