Nesta quarta-feira (05), o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, prestou apoio à operação Arnaque, realizada pelo Gaeco de Mato Grosso do Sul. A ação resultou no cumprimento de 11 mandados de prisão e seis de busca e apreensão nas cidades de Sinop e União do Norte, em Mato Grosso.
A Operação Arnaque, que teve como alvo uma grande organização criminosa, cumpriu um total de 39 mandados de prisão preventiva e 51 mandados de busca e apreensão em diversos estados do país. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Competência Residual da comarca de Campo Grande. As ações ocorreram nos estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e Piauí.
As investigações revelaram a existência de duas organizações criminosas lideradas por advogados, responsáveis por mais de 70 mil ações judiciais em todo o país. Muitas dessas ações foram consideradas temerárias pelo Poder Judiciário, já que alegavam falsamente que empréstimos consignados eram forjados. Por meio de artimanhas, essas organizações obtinham procurações de idosos, deficientes e indígenas para propor múltiplas ações em nome deles contra instituições financeiras. Aproximadamente 10% desses casos obtinham procedência ou resultavam em acordos em massa com as instituições financeiras.
De acordo com as investigações, os líderes das organizações criminosas movimentaram cerca de R$ 190 milhões em menos de cinco anos de atividade, explorando pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade social. A operação Arnaque recebeu esse nome em referência aos métodos fraudulentos utilizados pelas organizações criminosas para enganar as vítimas.
A ação contou com a participação de equipes dos Gaecos dos Ministérios Públicos da Bahia, de Goiás, de Mato Grosso, de Minas Gerais, da Paraíba, do Paraná e do Piauí, além do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e do Departamento de Operações de Fronteira – DOF. A operação também contou com o apoio das Comissões de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil em todo o país.
Durante o cumprimento dos mandados, o Gaeco de Mato Grosso recebeu o apoio da Polícia Militar de Sinop e de Peixoto de Azevedo, fortalecendo as ações para o combate à criminalidade e a garantia da segurança pública na região.
As investigações continuamno sentido de identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso e reunir provas adicionais para fortalecer o processo judicial. As autoridades responsáveis ressaltaram a importância da ação conjunta entre órgãos de segurança e instituições do sistema de justiça para combater efetivamente a criminalidade organizada.
A operação Arnaque representa um passo significativo no combate às fraudes relacionadas a empréstimos consignados, que têm impacto direto na vida de milhares de pessoas em todo o país. Através da desarticulação dessas organizações criminosas, busca-se promover a justiça e garantir a proteção dos direitos dos cidadãos.
A sociedade espera que as investigações e ações como essa continuem a ser realizadas, visando a desmantelar redes de crimes organizados e coibir práticas fraudulentas que prejudicam a população. O trabalho conjunto entre as instituições envolvidas demonstra o compromisso em assegurar a integridade do sistema judiciário e a ordem social.
As pessoas afetadas por essas fraudes são encorajadas a denunciar casos semelhantes às autoridades competentes, a fim de colaborar com as investigações e auxiliar no combate a esse tipo de crime. A conscientização e a vigilância são fundamentais para evitar cair em golpes e proteger os direitos e o patrimônio de cada cidadão.
A operação Arnaque serve como um lembrete de que o combate à criminalidade é uma tarefa constante, que requer a colaboração de todos os setores da sociedade. O Gaeco e as instituições envolvidas nessa ação estão empenhados em promover a justiça e garantir um ambiente seguro e justo para todos os cidadãos.
