Por conta de atraso, empresa que conduz obra no Aeroporto Adolino Bedin é notificada

Segue constante e intensa a cobrança para que a empresa que está executando a obra de reforço da pista, taxiway e pátio de aeronaves do Aeroporto Regional Adolino Bedin conclua o trabalho dentro do prazo. Na manhã de hoje (26), representantes da Prefeitura de Sorriso, da Infraero, da Comissão Aeroportuária e da Administração do Aeroporto, reuniram-se, mais uma vez, para solicitar que a empresa Primos Engenharia acelere a obra.

Dois entraves foram apresentados pela empresa, não só para justificar este atraso, como também para pedir um adicional de tempo para a conclusão da obra: as fortes chuvas dos últimos dias e também a dificuldade para conseguir materiais necessários para o trabalho.

De acordo com titular da Semcid, Ednilson Oliveira, em reposta à notificação feita pela Secretaria anteontem (24), a empresa já sinalizou mudanças que indicam uma aceleração dos trabalhos no período de redução das chuvas, como a troca da usina de CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente). Atualmente, a usina utilizada na obra tem capacidade de produção de 100 toneladas/dia e deve ser utilizada a partir de agora uma com capacidade de 500 toneladas/dia.

Apertar o passo e correr contra o tempo é mais do que necessário, visto que a empresa solicitou um prazo “a mais” para concluir o serviço, justamente em um período em que a Azul deixou de operar temporariamente por conta da pandemia de Covid-19, o que permitiu que os trabalhos possam ser intensificados.

Em sua argumentação, a empresa explica que um dos insumos necessários, a barra de transferência, que será utilizada no pátio, estaria em falta no mercado. Neste caso, a Primos pediu três meses para que o fornecedor possa entregar este item à empreiteira e mais um mês para a efetiva execução do trabalho. Além disso, a chuvarada dos últimos dias também impediu que a obra decolasse. Em seu apontamento, a empresa alegou que máquinas e operários tiveram que ficar 35 parados por conta do aguaceiro.

Presente ao encontro, o produtor rural e integrante da Comissão Aeroportuária, Argino Bedin, asseverou que em Sorriso, “quando chove, chove”. Com a experiência de quem conhece o regime climático do Município desde a sua fundação, o pioneiro acredita que agir de maneira simultânea é a melhor saída frente à situação. “Com essa nova usina, agora deve acelerar o trabalho e a sugestão é atuar de maneira paralela no trabalho de recuperação da pista e taxiway”.

“Já solicitamos que a empresa nos apresente um novo cronograma para execução da obra até segunda-feira (29) e vamos nos reunir na terça (30) com os demais integrantes da Comissão Aeroportuária para analisar criteriosamente este documento e então repactuar com a Anac (a Agência Nacional de Aviação Civil) um novo prazo para o Plano de Ações Corretivas (PAC)”, explica o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Claudio Drusina.

Entre as opções para conduzir este processo, tirando o atraso e permitindo que Sorriso volte a fazer parte da malha aeroviária estão a possibilidade de tocar a obra por meio do deslocamento da cabeceira da pista (operando com uma pista de mil metros, por exemplo, quando os outros 700 recebem a melhoria) e também promovendo ações em diversas frentes de maneira simultânea.

Nesta obra, estão sendo investidos  cerca de R$ 8 milhões, provenientes de um termo de compromisso firmado, ainda em 2019, entre o Ministério da Infraestrutura e a Prefeitura de Sorriso e aprovado pela Lei Municipal 3.034/2020.  O projeto foi elaborado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que também atua na fiscalização da execução da obra.

Veja também

Condenado por duplo homicídio foge da prisão em Sinop

Campanha usa título de eleitor gigante para chamar jovens para votar

Pré-candidata à prefeita de Sorriso, Kátia Rossato é entrevistada pela Sorriso FM

Presidente da República sanciona, com veto, projeto que proíbe saidinha de presos

Partido Novo lança seu primeiro pré-candidato a Prefeito em Sorriso

Câmara dos Deputados aprova novas regras para seguro obrigatório de veículos