Sorriso: adolescente foi executada porque fez “sinal” com a mão; não tinha ligação com facções

Na manhã de domingo (02), as autoridades foram surpreendidas com a descoberta do corpo de uma jovem de 17 anos, executada com múltiplos disparos de arma de fogo na região do bairro Jardim Amazonas, em uma área de mata. A Polícia Judiciária Civil (PJC) iniciou diligências imediatas e identificou que a motivação do crime teria sido um sinal feito de forma inocente pela vítima, que supostamente fez alusão a uma facção criminosa rival.

O Delegado Dr. Bruno França, responsável pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sorriso, explicou que a jovem foi arrebatada por um grupo de 9 ou 10 homens e uma menina, suposta amiga da vítima. Eles a levaram para a área de mata e a executaram.

“Posteriormente, essas pessoas retornaram ao estabelecimento e seguiram a noite como se nada tivesse acontecido. Apesar de terem danificado imagens do local, obtivemos êxito e identificamos que a amiga é uma das pessoas que adentra na mata em companhia da vítima e, posteriormente, deixa o local com outro rapaz ainda não identificado. Chamamos a menina, ela não nega que era ela, mas que não tem interesse de conversar com a polícia. Pedimos prisão temporária ao poder Judiciário, que concordou com a PJC, decretando a prisão da moça e busca e apreensão. Encontramos na casa da criminosa roupas identificadas como usadas no dia do crime. Ela deverá passar por audiência de custódia e ser encaminhada a um presídio feminino no estado”, detalhou o delegado.

Dr. Bruno confirmou que, desde que assumiu o cargo em Sorriso, este foi o terceiro homicídio cometido devido a uma vítima ter feito algum tipo de sinal, sem ter qualquer ligação com o mundo do crime. “Desde que estou na delegacia, é o terceiro caso que enfrento com este motivo demente. Tem o caso do Pablo, do outro morto em março e agora este. Em nenhum dos casos, a vítima tinha envolvimento com facção criminosa. É algo demente que essas pessoas insignificantes criaram em suas cabeças”, declarou o Dr. Bruno.

O trabalho da PJC segue agora para identificar as outras 9 ou 10 pessoas que aparecem nas imagens. “A polícia vai atrás de todo mundo. Podem esperar, que cedo ou tarde vocês serão presos pela Polícia Civil”, finalizou o delegado.

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