Sorriso: professor suspeito de assédio e estupro de vulnerável é solto, mas proibido de atuar junto a crianças e adolescentes

A informação foi confirmada pela delegada Jessica Assis, que responde pelo Núcleo de Combate à Violência Doméstica em Sorriso. O professor havia sido preso na última semana, suspeito de assédio e do crime de estupro de vulnerável contra aluna de 12 anos.

Como não houve arbitragem de fiança na delegacia, já na sexta-feira, ele foi submetido à audiência de custódia. A Justiça homologou o flagrante.  “Isso significa que o flagrante foi legal, que existem indícios do cometimento do crime, mas o Juízo entendeu que não havia elementos para converter o flagrante em preventiva”, explicou a delegada.

O suspeito foi solto com a adoção de algumas medidas cautelares, entre as quais a proibição de exercício de função pública que demande proximidade com crianças e adolescentes, bem como a proibição de qualquer contato com as vítimas e testemunhas.

Segundo a delegada Jéssica, a investigação não está encerrada. “Trata-se de uma investigação que está em andamento. Recebemos informações ainda extraoficiais que há outras vítimas. Ele é um sujeito que deu aulas em várias escolas e é importante que se houver vítimas que tenham sofrido assédio ou importunação venham fazer registro de boletim de ocorrência, para que a dosimetria da pena seja justa, de acordo com o número de crimes cometidos”, afirmou.

Ela ressaltou ainda que “procurar a polícia não é revanchismo, é promover a aplicação da lie e mais que isso começar a promover mudanças sociais. Sabemos que assédios e importunações em ambientes de trabalho são comuns e até naturalizados. Permitir que esse tipo de situação aconteça com meninas tão novas passa uma mensagem muito ruim. Passar isso para as crianças de que devem ‘deixar para lá’ é passar a mensagem de que o corpo é público e não podemos permitir isso”, disse.

A delegada explicou ainda que as vítimas podem precisar de ajuda psicológica. “É preciso buscar ajuda e fazer encaminhamentos também das vítimas, o que podemos fazer aqui na delegacia com toda a rede de proteção para tratamento psicológico e os acolhimentos necessários. Façamos a nossa parte, denunciando e punindo estes agressores”, finalizou.

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