Liderança de facção é condenada por ordenar morte de dentro da prisão

Miro Arcangelo Gonçalves de Jesus, conhecido como “Miro Louco”, segundo criminoso na hierarquia do comando vermelho em Mato Grosso, foi condenado a 21 anos e três meses de reclusão nesta terça-feira (17) por ordenar a morte de Alexandre Manoel de Jesus de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE). As penas aplicadas ao réu, que já possui outras 16 condenações, totalizam 93 anos de reclusão.

 

De acordo com o promotor de Justiça que atuou no Tribunal do Júri, Vinícius Gahyva Martins, o réu foi condenado nos termos da denúncia oferecida pelo Ministério Público. O crime aconteceu em outubro de 2015, no bairro Nova Esperança. A vítima foi morta por motivo torpe, mediante disparos de arma de fogo, a mando de “Miro Louco”.

 

Segundo apurado nas investigações, Alexandre Manoel de Jesus foi morto como forma de castigo por atraso na quitação de uma dívida no valor de R$ 200 que tinha com Miro Arcangelo Gonçalves de Jesus. Conforme a sentença, o réu possui condenações, transitadas em julgado, pelos delitos de homicídio, roubo majorado, furto e associação para o tráfico de drogas.

 

Relatório Técnico elaborado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil no ano de 2016, com a identificação dos criminosos que integravam a estrutura organizacional do comando vermelho, apontou que Miro Arcângelo Gonçalves, também conhecido como “Genti”, ocupava função de vice-presidente na cadeia hierárquica da organização. Sua principal função era assegurar o cumprimento dos decretos, que vão desde à disciplina dos ingressos, exclusões, regras de convivência, mensalidades às punições.

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