Sorriso: casos de chikungunya sobem em março e superam dengue em 2025

Vigilância em Saúde Ambiental alerta que o mosquito Aedes aegypti continua presente em vários bairros

A Secretaria de Saúde divulgou nesta terça-feira (8) um alerta sobre o avanço das arboviroses em 2025. O destaque é o crescimento nos casos de chikungunya, que passaram de 59 em janeiro, para 88 em fevereiro e chegaram a 96 em março, totalizando 243 registros no ano — o que representa uma alta contínua mês a mês.

Em contrapartida, os casos de dengue apresentaram queda: foram 65 registros em janeiro, um deles com sinais de alarme, caindo para 11 em fevereiro e apenas quatro em março. O total de casos de dengue até o momento é de 80. Já em relação ao zika vírus, dez notificações foram investigadas e todas descartadas.

Apesar da redução da dengue, a Vigilância em Saúde Ambiental alerta que a presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor das três doenças, ainda é significativa em muitos bairros. Segundo a coordenadora Claudete Damasceno, a situação mais crítica envolve locais com água parada, sejam limpas ou sujas, e descarte incorreto de lixo e água servida, especialmente nas bocas de lobo entupidas.

As equipes seguem com visitas diárias a imóveis, comércios e pontos estratégicos. Quando encontrados criadouros com larvas, estas são coletadas e testadas. Se confirmada a presença do Aedes, os responsáveis são notificados para reforçar o combate e evitar novos focos.

Entretanto, a atuação dos agentes enfrenta resistência. “Infelizmente, alguns proprietários e até moradores se recusam a receber nossas equipes. Isso dificulta muito o controle e prevenção”, lamenta Claudete. Ela reforça que a missão é de conscientização, não de punição, mas que a colaboração da população é essencial.

A coordenadora da Vigilância em Saúde, Taynná Vacaro, reforça a recomendação de que cada cidadão reserve ao menos dez minutos por semana para verificar possíveis criadouros em suas casas ou comércios. O acúmulo de lixo e entulho também favorece o aparecimento de animais peçonhentos, como escorpiões, cobras e ratos.

Quem identificar criadouros ou situações suspeitas pode fazer denúncias diretamente pelo aplicativo da Vigilância Sanitária ou pelo número (66) 99600-1462, via Unidade Sentinela.

Além disso, a Prefeitura mantém o serviço de coleta de resíduos sólidos, recolhendo móveis velhos, eletrodomésticos e restos de poda — todos potenciais criadouros do mosquito e abrigo de pragas. O calendário de coletas está disponível para consulta.

Em caso de sintomas como febre, dor no corpo, manchas na pele ou mal-estar, a recomendação é procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para avaliação e orientação médica.

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