Promotor espera pena máxima em júri de acusado de chacina em Sorriso

O promotor de Justiça Luiz Fernando Pipino confirmou que o júri de Gilberto Rodrigues dos Anjos está marcado para 7 de agosto, quando ele responderá por homicídios qualificados e estupros, inclusive de vulnerável

O programa A Voz do Povo entrevistou nesta segunda-feira (16) o promotor de Justiça Dr. Luiz Fernando Pipino, que falou sobre o julgamento de Gilberto Rodrigues dos Anjos. O júri popular está confirmado para o dia 7 de agosto deste ano e deve ocorrer em Sorriso.

Gilberto é acusado de invadir uma residência no município, em novembro de 2023, e assassinar quatro mulheres da mesma família: a mãe Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e suas três filhas, Miliane, de 19 anos, Manuela, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, de apenas 10 anos. Três das vítimas também foram estupradas.

Segundo o promotor, Gilberto responde por homicídio qualificado e estupro de vulnerável. No caso das vítimas Cleci e Miliane, ambas maiores de idade, constam quatro qualificadoras: feminicídio, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e uso de violência para assegurar a execução de outro crime. Em relação às meninas Manuela e Melissa, além dessas qualificadoras, há o agravante de serem menores de 14 anos.

Durante depoimento, o réu contou que pulou o muro da casa e entrou pela janela do banheiro. Ele teria se deparado com Cleci no corredor, onde a derrubou e desferiu um golpe de faca em seu pescoço. Em seguida, atacou as filhas mais velhas, também com golpes no pescoço, e por fim a caçula, que foi morta por asfixia. Conforme a investigação, os estupros ocorreram enquanto as vítimas ainda agonizavam.

Gilberto trabalhava em uma obra ao lado da casa da família e foi preso pouco tempo depois do crime, confessando os atos.

O promotor Luiz Fernando Pipino também informou que ainda falta o pronunciamento oficial do tribunal sobre um pedido de desaforamento feito pela defesa — que tenta levar o julgamento para outra cidade. A expectativa, no entanto, é de que o júri ocorra em Sorriso, onde o caso gerou forte comoção pública.

Veja a entrevista no vídeo.

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